Mostrando postagens com marcador Letras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Letras. Mostrar todas as postagens

sábado, 2 de agosto de 2014

Canto de um cavaleiro andante



Sul mio destriero, fra terre lontane,
Nessas paragens, entre terras longínquas,
Amore nel cuore con me resterà.

O amor no coração comigo estará.
Di cielo il tuo sguardo, di ciliegio il tuo labbro,

No céu do teu olhar, na cereja dos teus lábios,
o mia sposa fedel ti sarò.

Oh minha esposa, fiel te serei.

La spada al mio fianco, sull’elsa il tuo nastro,

A espada em minha cintura, no punho o teu laço,
la notte straniera più dolce sarà.

A noite estrangeira mais doce será.
Per tetto le stelle, per giaciglio le foglie,

Por teto as estrelas, por leito as folhas,
per sogno le grazie di te.

Por sonho as graças de ti.

E nel mio vagare, fuori dal mio reame
E no meu vagar, longe dos meus reinos,
un senso alla vita guerriera darò.
Um sentido a vida guerreira darei.
Per fede brandire di morte la lama
Pela fé brandir, a mortal lâmina,
più gloria al suo nome verrà.

Maior glória o teu nome verá.

E noi cavalieri, fedeli d’amore
E nós cavaleiros, fiéis ao amor.
per il re e per Iddio sapremo pugnar.

Pelo rei e por Deus sabemos lutar.
Il sorriso sul volto, la pace nel cuore

O sorriso no rosto, a paz no coração,
in battaglia con Nostro Signor.

Em batalha com Nosso Senhor.

Nel salvifico errare il sacro desio
Nesse errar redentor o sacro desejo
lucente nell’armi accrescer dovrò.

Maior brilho às armas deverei acrescentar.
E per nostra ebbrezza, per antico decreto

E por nosso extâse, por antigo decreto,
il nettar segreto berrò.

O néctar secreto beberei.

E tu acerba sposa, anzitempo solinga
E tu jovem esposa, há muito tempo sozinha.
attendi serena che torni il tuo re.
Espera serena que torne o teu rei.
Con gloria ed onore, con febbre d’amore

Com glória e honra, com febre de amor.
con tunica leggera ormai
Com a túnica esvoaçante então,

Con gloria ed onore, con febbre d’amore
Com glória e honra, com febre de amor,
o mai più io torni da te.
Ou jamais eu tornarei a ti.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Caçando



Leave concrete, mortar, brick behind
Deixe concreto, asfalto, tijolo para trás
We are naked, two of one kind,
Estamos nus, dois de uma estirpe,
We touch the dirty ground beneath
Tocamos o chão sujo abaixo
Worm and beetle great us: we breathe
Minhocas e besouros saúdam-nos: nós respiramos

Into forest, up the trees
Na floresta, nas árvores acima
Down the lake and into seas
Na profundeza dos lagos e oceanos
Burn the fire, eat the ground
Queima o fogo, come o chão


Walk in spirals round and round
Anda em espirais rodando e rodando
Talks to spirits trapped and bound
Fala com espíritos aprisionados e cativos


Into forest, up the trees
Na floresta, nas árvores acima
Down the lake and into seas
Na profundeza dos lagos e oceanos
Eat the fire, burn the ground
Coma o fogo, queime o chão
Walk in spirals round and round
Anda em espirais rodando e rodando


Far from cities, people, hate
Longe de cidades, pessoas, ódio
The dawn is near, the hour late
A aurora se aproxima, a hora tardia
The moon is grinning in the sky
A lua sorri no céu
 

We come to run, we come to fly
Nós viemos para correr, nós viemos para voar
We come to hunt, we come to die
Nós viemos para caçar, nós viemos para morrer

Mist is rising, come and see  
Névoa ascende, venha e veja
Come my darling, lie with me
Venha minha querida, deite-se comigo

Soon we'll be rotting in the earth
Em breve nós estaremos apodrecendo na terra
We'll be free; I'll be you and you'll be me
Nós seremos livres, eu serei você e você será eu

A brilliant feast for wolf and snake
Uma festa radiante para lobo e cobra
A monstrous wind the woods will shake
Um vento monstruoso estremecerá a floresta
A monstrous wind the world will take
Um vento monstruoso tomará o mundo
A hunter in the forest wake  

Um caçador na floresta desperta

Rain is falling, endlessly  

Chuva cai, sem parar
Come my darling, hunt with me
Venha minha querida, cace comigo
You hunt me: I will be you
Você me caça, eu serei você

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Verão



Wie ein Licht bricht in die Nebel 
Como a luz que brilha na névoa
Wenn ein neuer Tag erwacht
Quando um novo dia começa
Und ich öffne meine Augen
Eu abro meus olhos
Vor des Sommers goldner Pracht
Diante do áureo esplendor do verão

Was da lag in mir gefroren
O que havia em mim congelado
Unter blauen Himmeln taut 
Sob o azul do céu derrete
Was ich gab schon als verloren 
O que eu tinha dado como perdido
Gibt nun preis das junge Laub
Renova-se agora no verdor das folhas

Und der Wind, er singt von Morgen 
E o vento canta pela manhã
Ein Versprechen in der Luft
Uma promessa no ar
Ich denke an ein Lächeln
Eu penso em um sorriso
An ihrer Haare süßen Duft
No doce perfume de seus cabelos

Du bist der Glanz eines Wassers hell und klar
Você é o fulgor de uma água clara e pura
Du bist ein Traum und Du bist wahr
Você é um sonho e você é verdade
Du bist ein Zauber und still erlieg ich Deiner Macht
Você é um encanto e silente eu sucumbo ao teu poder
Du bist der Morgen einer sternenklaren Nacht
Você é a manhã de uma refulgente noite estrelada

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Geheimnis



Ich hege im Geheimen
Eu aprecio em segredo
Ein fest verschloßnes Glas
Uma garrafa firmemente selada
Wenn auch der Trost in Reimen
Quando mesmo ao conforto das rimas
Den Weg zu mir vergaß
O caminho por mim for esquecido

Ich hab, wenn ich allein war,
Por vezes quando eu ficava só
Das Glas so oft entblößt,
Essa garrafa frequentemente eu abri
Den kleinen Gott, der scheinbar
A pequena deusa, a ilusão,
Die ganze Welt erlöst.
Redimiu o mundo inteiro

Und weiß: Du bleibst für immer
E sei: você está para sempre
In leichter Abendluft,
Em crepúsculos agradáveis,
Und schwer betäubt im Zimmer
E entorpecida n'uma alcova
Der Bittermandelduft.
Em perfume de armellinas.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Um exército derrotado




Wir haben den Boden mit Blut getränkt
Nós embebemos o solo com sangue
Unsere Pferde durch einsame Weiten gelenkt
Nossos cavalos por solitárias vastidões cavalgaram
Glaubten uns verloren
Acreditando-nos derrotados
In stürmischer Nacht
Na noite tempestuosa
Und niemand hat uns’rer Seelen gedacht
Ninguém tem nossas almas em seus pensamentos

Durch Sturm und Schlamm
Através de tempestade e lama
Sind wir gefahren
Nós fomos conduzidos
Durch dieses Land
Através desta terra
Verwüstet - verbrannt
Devastada - queimada
Und niemand weiss um unsere Qualen
E ninguém conhece nossas agonias
Verloren - verbannt
Condenados - Exilados
Vergessen - verkannt
Esquecidos - Incompreendidos

Im Göttersturm fanden wir unser Ende
Na tempestade dos deuses encontramos nosso fim
In Not und Kampf
Na aflição e luta
In der Weltenwende
No crepúsculo dos mundos
Verzweiflung und Ohnmacht in blutigem Reigen
Desespero e desalento num baile sangrento
Dann nur noch Stille und Kälte und Schweigen
Depois apenas quietude e frio e silêncio.

Und einsam
E solitários
Liegen wir begraben
Aqui jazemos
In fernem Land
Em terras longínquas
Entwurzelt - verbrannt
Desterrados - incinerados
Und niemand weiss um unsere Taten
E ninguém conhece os nossos feitos
Verloren - verbannt
Condenados - Exilados
Vergessen - verkannt
Esquecidos - Incompreendidos

Wir liegen verlassen
Jazemos abandonados
Im Schatten der Eiche
Na sombra do carvalho
Selbst Treu’ uns niemals zum Ruhme gereichte
Certos de que a glória jamais será nossa
Wir blieben zurück
Nós ficamos para trás
Man kennt die Namen nicht mehr
As pessoas não conhecem nossos nomes mais
Verschmäht - vergessen
Rejeitados - Esquecidos
Ein verlorenes Heer
Um exército derrotado

Durch Steppe und Regen
Pelas estepes e chuvas
Sind wir gefahren
Fomos conduzidos
Durch dieses Land
Por esta terra
Verwüstet - verbrannt
Devastada - queimada
Und niemand weiss um unsere Qualen
E ninguém conhece nossas agonias
Verloren - verbannt
Condenados - Exilados
Vergessen - verkannt
Esquecidos - Incompreendidos

Und einsam
E solitários
Liegen wir begraben
Aqui jazemos
In fernem Land
Em terras longíquas
Entwurzelt - verbrannt
Desterrados - incinerados
Und niemand weiss um unsere Taten
E ninguém conhece os nossos feitos
Verloren - verbannt
Condenados - Exilados
Vergessen - verkannt
Esquecidos - Incompreendidos

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Brisa de verão



Van uit een nieuwe wereld treedt
De um novo mundo surgira
een man mij aan met enge kleed,
À mim um homem com tétricas vestes,
schittrend zooals ik nimmer zag,
Fulgente como eu jamais vira,
met 't hoofd zoo stralend als de dag.
Com a cabeça luzente como o dia.

Hij heeft geen enkel sieraad aan
Ele não possuia nenhum resquício
van slaafschheid en geen enklen waan,
De servitude ou engano.
maar hij is zuiver als een man
Mas ele é puro como um homem
naakt opgegroeid maar wezen kan.
Sem posses criado, mas fiel a si.

Hij heeft den arm in zuivre vuist,
Em seu braço um punho imaculado,
hij heeft het been tot zuivren voet,
Em suas pernas pés impolutos,
en om het trotsch gelaat, gekuischt,
Em sua briosa face, límpida,
hangt stil en hoog een sterke gloed.
Plácida e altaneira crepita uma poderosa flama.

Van uit een nieuwe wereld treedt
De um novo mundo surgira
een vrouw mij toe met hangend kleed,
Uma mulher em um vestido esvoaçante
zoo helder als ik nimmer zag,
Resplandecente como eu jamais vira,
het oog zoo stralend als de dag.
Seus olhos tão claros como o dia.

Zij heeft geen enkel sieraad aan
Ela não possuia nenhum traço
van schuwheid, en geen enklen waan,
De timidez, ou tampouco de delusão,
maar zij is zuiver als een glas,
Mas ela é pura como o cristal,
alsof ze zoo geboren was.
Como se da pureza nascida fosse.

Haar arm is in een zuivren hoek,
Seus braços em graciosos angulos,
in schoone stralen valt haar doek,
Belamente descaidos em suas vestes,
en om haar schoon gelaat gezond
E em seu semblante belo e jovial.
speelt 't helderst licht van keel en mond.
Radiantes luzes emanavam da boca e garganta.

Herman Gorter

John Liston Byam Shaw, The Woman, the Man, and the Serpent ~ 1911

terça-feira, 24 de julho de 2012

Untitled



Tu vieni a me con le tue armi
Tu vens a mim, com as tuas armas
con le tue bandiere
Com as tuas bandeiras

non piegherai la testa
Não abaixarás a cabeça
non guarderai a terra
Não olharás para o chão
porterai il tuo orgoglio fino al mio altare.
Levarás teu orgulho ao meu altar.
Chi sei tu?
Quem és tu?
Che vuoi tu?
O que tu desejas?
Come intendi riverirmi?
Como pretendes reverenciar-me?

Chi vuole essere con me sarà il più abile
Quem quiser estar comigo será o mais hábil 
Chi vuole essere con me non sarà mai noto
Quem quiser estar comigo jamais será notado.
Chi vuole essere con me sarà indispensabile
Quem quiser estar comigo será indispensável
Chi vuole essere con me non verrà mai premiato
Quem quiser estar comigo jamais será premiado.

Rinuncerai al tuo nome
Renunciarás ao teu nome
Rinuncerai al tuo volto
Renunciarás ao teu rosto
Rinuncerai all'arbitrio, all'orgoglio
Renunciarás ao arbítrio, ao orgulho
Tu mi darai la voce 
Tu me darás a voz
Io ti darò il dolore
Eu te darei a dor
Tu mi darai la luce, l'Onore!
Tu me darás a luz, a honra!

Chi vuole essere con me avrà la mia bandiera
Quem quiser estar comigo possuirá a minha bandeira
Chi vuole essere con me non ne avrà mai più altre
Quem quiser estar comigo, para si não haverá outro.
Chi vuole essere con me stasera
Quem quiser estar comigo, esta noite
resterà con me per sempre
Permanecerá comigo, para sempre
a me, per me, con me, per sempre.
A mim, por mim, comigo, para sempre

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sala dos Espelhos



Der junge Mann betrat eines Tages einen Spiegelsaal,
O jovem homem adentrou um dia a sala dos espelhos,
und entdeckte eine Spiegelung seines Selbst.
E descobriu uma imagem refletida de si.

Sogar die größten Stars
Até mesmo os maiores astros
entdecken sich selbst im Spiegelglas'.
Descobrem-se no cristal do espelho.

Manchmal sah er sein wirkliches Gesicht,
Algumas vezes, ele via seu rosto de sempre,
und manchmal einen Fremden, den kannte er nicht.
E outras vezes, um desconhecido, completamente estranho.

Sogar die größten Stars
Até mesmo os maiores astros
finden ihr Gesicht im Spiegelglas'.
Encontram seus rostos no cristal do espelho.

Manchmal verliebte er sich in seinem Spiegelbild',
Algumas vezes ele se apaixonava pela própria imagem,
und dann wiederum, sah er ein Wahnbild.
E então, novamente, via uma alucinação.

Sogar die größten Stars
Até mesmo os maiores astros
mögen sich nicht im Spiegelglas'.
Não gostam de si mesmos, no cristal do espelho.

Er schuf die Person, die er sein wollte,
Ele criou a pessoa que queria ser,
und wechselte in einer neunen Persönlichkeit.
e mudou-se em uma nova personalidade.

Sogar die größten Stars
Até mesmo os maiores astros

verändern sich im Spiegelglas'.
Metamorfoseiam-se no cristal do espelho.

Der Kunstler lebt im Spiegel
O artista vive no espelho
mit dem Echo seines Selbst.
com o eco de si.

Sogar die größten Stars
Até mesmo os maiores astros
leben ihr Leben im Spiegelglas'.
Vivem suas vidas no cristal do espelho.

Sogar die größten Stars
Até mesmo os maiores astros
machen sich zurecht im Spiegelglas'.
Adornam-se no cristal do espelho.

Sogar die größten Stars
Até mesmo os maiores astros
leben ihr Leben im Spiegelglas'.
Vivem suas vidas no cristal do espelho.

sábado, 9 de junho de 2012

Azurro



Cerco l'estate tutto l'anno
Desejo o verão o ano todo

e all'improvviso eccola qua.
E de repente, ei-lo aqui.

Lei è partita per le spiagge
Ela partiu para o litoral

e sono solo quassù in città,
E estou sozinho aqui na cidade,

sento fischiare sopra i tetti
Ouço o rumor sobre os telhados

un aeroplano che se ne va.
De um avião que se vai.

Azzurro,

Azul,
il pomeriggio è troppo azzurro

O entardecer é muito azul
e lungo per me.

E longo para mim.
Mi accorgo

Eu noto,
di non avere più risorse,
Não possuir nenhum alento

senza di te,
Sem você,

e allora
E então,

io quasi quasi prendo il treno
Eu quase quase pego o trem

e vengo, vengo da te,
E venho, venho a ti,

ma il treno dei desideri
Mas o trem dos desejos

nei miei pensieri all'incontrario va.
Nos meus pensamentos ao contrário vai.

Sembra quand'ero all'oratorio,
Parece quando eu estava no oratório,

con tanto sole, tanti anni fa.
Tão ensolarado, tantos anos fazem.

Quelle domeniche da solo
Aqueles domingos solitários

in un cortile, a passeggiar...
Em um pátio, a passear...

ora mi annoio più di allora,
Agora me entedio mais que antes,

neanche un prete per chiacchierar...
Nem mesmo um padre para conversar...

Azzurro,

Azul,
il pomeriggio è troppo azzurro

O entardecer é muito azul
e lungo per me.

E longo para mim.
Mi accorgo

Eu noto,
di non avere più risorse,
Não possuir nenhum alento

senza di te,
Sem você,

e allora
E então,

io quasi quasi prendo il treno
Eu quase quase pego o trem

e vengo, vengo da te,
E venho, venho a ti,

ma il treno dei desideri
Mas o trem dos desejos

nei miei pensieri all'incontrario va.
Nos meus pensamentos ao contrário vai.
Cerco un pò d'Africa in giardino,
Procuro um pouco da África no jardim,

tra l'oleandro e il baobab,
Entre o Oleandro e a Baobá,

come facevo da bambino,
Como fazia quando criança,

ma qui c'è gente, non si può più,
Mas aqui tem pessoas, não posso mais,

stanno innaffiando le tue rose,
Estão regando as tuas rosas,

non c'è il leone, chissà dov'è...
Não tem o (dente de) Leão, onde estará...
 

Azzurro,
Azul,
il pomeriggio è troppo azzurro

O entardecer é muito azul
e lungo per me.

E longo para mim.
Mi accorgo

Eu noto,
di non avere più risorse,
Não possuir nenhum alento

senza di te,
Sem você,

e allora
E então,

io quasi quasi prendo il treno
Eu quase quase pego o trem

e vengo, vengo da te,
E venho, venho a ti,

ma il treno dei desideri
Mas o trem dos desejos

nei miei pensieri all'incontrario va.
Nos meus pensamentos ao contrário vai.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Nossignore



Io sono il contadino
Eu sou o camponês
nel tuo alto medio evo
Na sua alta idade medieval
una vita miserabile
Uma vida miserável
io mi spezzo e poi mi piego
Eu me quebro então e me curvo
ma la Rivoluzione
Mas a revolução
mi ha dato la terra
Me deu a terra
un acquedotto ed un trattore
Um aqueduto e um trator
un'educazione per i miei figli
Uma educação para os meus filhos
un ospedale, una stazione.
Um hospital, um estação.

Ha lanciato una bonifica
Começou-se uma revitalização
se aspettavo il mio signore
Se eu esperasse os meus senhores,
starei ancora in una bettola
Estaria ainda em uma cabana,
a scacciare le zanzare.
A caçar mosquitos.

Io non ho signore
Eu não tenho Senhor

Io ho una Nazione
Eu tenho uma Nação
Io non ho padrone
Eu não tenho Mestre 

Io ho una Nazione
Eu tenho uma Nação

Io sono il monaco
Eu sou o monge,
io predico e confesso
Eu prego e confesso,
ho un ruolo chiave
Tenho um molho de chaves,
che rallenta ogni forma di progresso.
Que retarda qualquer forma de progresso.

La Rivoluzione mi ha tolto tutto

A revolução me tomou tudo,
ma solo in apparenza
Mas somente em aparência,
sarò sempre un ospite gradito
Serei sempre um hóspede apreciado
dove resiste l'ignoranza
Onde resiste a ignorância.

io consolo le mie anime

Eu consolo as minhas almas
e leggo il mio breviario
E leio o meu breviário
e pur di sopravvivere
E para sobreviver
faccio entrare lo straniero!
Faço entrar o estrangeiro!

Io non ho signore,

io ho una Nazione.
Io non ho padrone
io ho una Nazione.

Io sono il guerriero
Eu sou o guerreiro
sono quello sul cavallo
Sou aquele sobre o cavalo
io impongo il volere del mio padrone
Eu imponho a vontade dos meus mestres
in un costume di metallo
Em uma roupa de metal
sono nato con un titolo
Nasci com um título
e per questo coi miei pari
E por isso com meus companheiros
siamo spietati con i deboli
Somos arrogantes com os fracos
e servili coi signori.
E servis com os senhores

La Rivoluzione ci ha sorpeso
A revolução nos surpreendeu.
ci ha ridotti ed appiedati
Nos reduziu e nos desmontou
ci controlla con l'esercito
Nos controla com o exército
di giovani soldati.
De jovens soldados.

Io non ho signore,
io ho una Nazione.
Io non ho padrone
io ho una Nazione...

domingo, 22 de abril de 2012

Cá mortos jazemos



Here dead we lie
Cá mortos jazemos,
Because we did not choose
Porque não escolhemos,
To live and shame the land
Viver e desonrar a terra
From which we sprung.
Da qual somos rebentos.

Life, to be sure,
A vida, com efeito,
Is nothing much to lose,
Não é algo valioso a se perder
But young men think it is,
Mas para os homens jovens, ela é.
And we were young.
E nós eramos jovens.
 

A. E. Housman

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Alexandre



Solo montagne, poi valli e pianure che ad ovest si gettano in mare
Somente montanhas, então vales e campinas, que a oeste lançam-se no mar
Alle mie spalle, dove nasce il sole, terra da conquistare
Às minhas costas, onde o sol nasce, terras a conquistar
Troppo coraggio, il troppo sognare hanno dato ali al nostro cuore
Muita coragem, e muito sonhar, outorgaram asas ao nosso coração
E un uomo dotato di un cuore alato può solo alzarsi e volare
E um homem dotado de um coração alado, somente pode alçar-se ao voo,
Farò che il sogno che brucia il mio cuore dilaghi come fa il mare
Farei com que o sonho que queima em meu coração transborde como o mar
Quando si gonfia di vento e tempesta e nulla lo può fermare
Quando insufla-se de ventos e tempestades e nada pode detê-lo
Le mie falangi saranno quell'onda che nulla potrà mai arrestare
As minhas falanges serão aquela onda que nada poderá parar
E il mio nome, Alessandro, sarà vessillo di forza e gloria in eterno!
E o meu nome Alexandre, será penhor de força e gloria pela eternidade!

Fratelli macedoni è il tempo 
Irmãos Macedônios é o tempo
Di essere uomini adesso!
De sermos homens agora!
La storia ricorda solo il coraggio, 
A história recorda somente a coragem,
L'onore e le epiche gesta!
A honra e as gestas épicas!
Il resto non conta!
O resto não conta!

Prima la Tracia, poi la Cappadocia, l'Armenia, fino in Babilonia
Primeiro a Trácia, depois a Capadócia, a Armênia, até a Babilônia,
Lungo sentieri infestati da belve, guerrieri e a guardia la morte
Longos caminhos infestados de bestas, guerreiros e a sentinela morte,
Su quelle terre farò germogliare col sangue città come il sole
Sob aquelas terras farei germinar com sangue cidades como o sol,
Che splenderanno a fulgido esempio di cosa può fare il coraggio!
Que resplandecerão como um fulgido exemplo das coisas que a coragem pode fazer!

Fratelli Macedoni è il tempo 
Irmãos Macedônios é o tempo
Di essere uomini adesso!
De sermos homens agora!
La storia ricorda solo il coraggio, 
A história recorda somente a coragem,
L'onore e le epiche gesta!
A honra e as gestas épicas!
Il resto non conta!
O resto não conta!

Giunto sull'Indo, al confine del sogno, io provo soltanto sgomento
Junto ao Indo, nos  confins do sonho, eu experimento somente desânimo,
Non c'è mai fine a questo mondo e fermarmi non posso farlo,
Este mundo não tem fim, e parar eu não posso,
Ma guardo i guerrieri, i miei fratelli provati da troppe battaglie
Mas o observo os guerreiros, os meus irmãos provados em muitas batalhas
Dovere rinunciare, tornare indietro, lo so, vorrà dire morire!
Dever renunciar, voltar atrás, eu sei, significa morrer!

Fratelli macedoni è il tempo 
Irmãos Macedônios é o tempo
di essere uomini adesso!
de sermos homens agora!
La storia ricorda solo il coraggio
A história recorda somente a coragem
L'onore e le epiche gesta!
A honra e as gestas épicas!
Il resto non conta!
O resto não conta!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Arjuna



In piedi sul grande carro da guerra
De pé em seu grande carro de guerra
Arjuna guardava a nord
Arjuna contemplava o norte
Parenti ed amici sul fronte nemico
Parentes e amigos no fronte inimigo
Si stagliano contro il sol
Delineiam-se contra o sol

L'angoscia dipinta sul volto smarrito
A angústia impressa em sua face absorta
Oppure la sua pietà
Contraria a sua piedade
Arjuna il suo arco depose
Arjuna depõe o seu arco
Ma non per viltà
Mas não por vileza

Della famiglia l'ordine sacro
Da família a ordem sagrada
No non si può sovvertir
Não se pode subverter
Più che colpire un fratello
Mais que golpear um irmão
In battaglia di certo è meglio morir
Em batalha, decerto é melhor morrer
 

Distinguer tra caste di genti diverse
Distinguir-se entre castas de pessoas diversas
E' avere rispetto di se
E possuir o respeito de si
La mescolanza e il delitto
A mistura é o delito
Più grande che c'è
Mais grave que há

Kaurava e pandava un'unica gente
Kaurava e Pandava um único clã
Dall'odio costretta a lottar
Pelo ódio é forçado a lutar
L'auriga del carro rivolto ad arjuna
O cocheiro do carro revolto de Arjuna
Lo invita ad ascoltar
Convida-o a escutar

Parole che son come pietre scagliate
Palavras que são como pedras lançadas
Che destano saggi ed eroi
Que despertam sábios e heróis
Risvegliano lo spirito ariano
Reacende o espírito Ariano
Che è dentro di noi
Que existe dentro de nós

Non ci saranno fratelli in battaglia
Não serão irmãos em batalha
Ma corpi che tu colpirai
Mas corpos que tu golpearás
La carne è caduta lo spirito eterno,
A carne é perecível, o espírito eterno,
Chi cade non morirà mai
Quem cai jamais morrerá

Nessuno uccide nessuno in battaglia
Ninguém mata ninguém em batalha
Ma offre il suo dono agli dei
Mas oferece sua doação aos Deuses
E' il dharma della stirpe di sangue
É o Dharma da estirpe do sangue
Degli indoeuropei
Dos indo-europeus

Lanciati quindi in battaglia arjuna
Lança-te assim em batalha Arjuna
E ignora piacere e dolor
E ignore o prazer e a dor
Vittoria e disfatta dimenticata e agisci
Vitória e derrota, esquece-as e age
Soltanto a difender l'onor
Somente a defender a honra

Affrancati dai desideri e dai frutti dell'atto
Liberta-te dos desejos e dos frutos do ato
Che rifiuterai
Que refutarás
Solo per il sacrificio
Apenas pelo sacrifício
Tu lotterai
Tu lutarás

Distacco e disinteresse
Desapego e desinteresse
Illumineranno le tue virtù
Iluminarão as tuas virtudes
Nel tendere forte quell'arco la rabbia
No tensionar forte daquele arco, a raiva
Segnata dalla tua gioventù
Marcada da sua juventude

La scimmia è l' insegna di quella bandiera
A símia é o símbolo daquela bandeira
Che al vento garrisce già
Que ao vento flamula já
E' il drappo che porti nel cuore
É o estandarte que portarás no coração
Per l'eternità
Pela eternidade


segunda-feira, 26 de março de 2012

Vinho de Janeiro



Hörst Du die Glocken läuten?
Ouves o repique dos sinos?
Ich höre sie nicht mehr.
Eu não os ouço mais.
Siehst Du die Felder leuchten?
Vês o luzir das campinas?
Ich sehe sie nicht mehr.
Eu não o vejo mais.

Ein fahler Wind, der mich umhüllt,
Uma languida brisa, me envolve,
er treibt mich fort von hier,
Ela me leva para longe daqui,
aus diesem engen Tale,
Desses austeros vales,
es hält mich nichts mehr hier.
Não quedo-me mais aqui.

Über Straßen, Staub und Felder,
Sobre estradas, poeira e campos,
zieht der Weg sich lange hin,
Alonga-se o caminho até ela,
der Berg voraus,
A montaha a frente,
zum Tal hinaus,
Elevando-se do vale,
vorwärts - heimwärts drängt der Sinn
Avante, para casa, nos incitam nossos espíritos.

|: Die Sonne steigt, wir steigen mit,
O sol ascende, nós ascendemos juntos,
Den Berg empor mit festem Schritt,
À montanha altaneira, com passo firme,
Wir können nicht mehr wenden.
Nós não podemos mais retornar.
Ein letzter Blick, kein Weg zurück;
Um último olhar, sem volta atrás.
Für jeden Pfad den man betritt,
Pois a cada nova senda que iniciamos
Muß ein alter enden. :|
Uma antiga deve terminar.

Aus den Wäldern steigt der Nebel,
Das florestas sobe a neblina,
des Tales Glocken, sie sind stumm,
Dos vales os silentes sinos,
Schweigen umgibt mich wie ein Segen,
A quietude que envolve-me como uma benção,
ein letztes Mal dreh ich mich um.
Uma última vez me volto para trás.

|: Die Sonne steigt... :|

Jännerwein 

sexta-feira, 23 de março de 2012

O dia mais negro




Was auch immer ihr tut
O que quer que vocês façam
Wo auch immer ihr seid
Onde quer que vocês estejam
Ich hab euch bei mir
Eu os tenho ao meu lado
Und ich lass euch Frei
E os deixo livres

Das Licht in den Händen
A luz nas mãos
Und alles ist hell
E tudo é claro
Denn jeder von euch bleibt
Porque cada um de vocês
Ein Stück meiner Welt
É um pedaço do meu mundo

Das ist die dunkelste Stunde
Esta é a hora mais escura
Der dunkelste Tag
O dia mais negro
Von hier an wirds hell
Daqui tudo se iluminará
Bis ans Ende der Nacht
Até o fim da noite
Das ist die dunkelste Stunde
Esta é a hora mais escura
Der schwerste Tag
O dia mais pesado

Die Erde dreht ihre Kreise
A terra continua a girar
Jeder geht seinen Weg
Cada um segue seu caminho
Egal wo ihr seid
Onde vocês estiverem
Ich kann euch sehen
Eu os posso ver

Am Ende des Tunnels
No final dos tuneis
Wird es irgendwann hell
Acha-se eventualmente a luz
Geht jetzt da raus
Venham para fora
Und verändert diese Welt
E modifiquem esse mundo

Das ist die dunkelste Stunde
Esta é a hora mais escura
Der dunkelste Tag
O dia mais negro
Von hier an wirds hell
Daqui tudo se iluminará
Bis ans Ende der Nacht
Até o fim da noite
Das ist die dunkelste Stunde
Esta é a hora mais escura
Der schwerste Tag
O dia mais pesado

quarta-feira, 21 de março de 2012

Das Schicksal



Houve mora na tradução deste poema, pelas seguintes causas:

1. Dos termos arcaicos, em desuso ou com ortografia diferente do alemão atual, 

2. Do caráter poético no processo de convergência ao português.

Pelo que pesquisei na internet, não há nenhuma tradução deste poema tanto para o inglês quanto para o português, portanto essa é a primeira vez que esse poema é traduzido para o português, pelo menos no ambito digital. Excertos desse poema são usados na canção de mesmo nome da banda Bielorussa Svalbard, realcei de vermelho as partes que são usadas na música, no video acima a canção começa no minuto 3:00. "Das Schicksal" significa "O destino".


Das Schicksal.

Προσκυνουντες την ειμαρμενην, σοφοι.
Aeschylus.


Als von des Friedens heil’gen Thalen,
Como se da concórdia os sacros vales,
Wo sich die Liebe Kränze wand,
Onde o amor coroara-se em suas muralhas,
Hinüber zu den Göttermahlen
Pelo qual o néctar dos Deuses,
Des goldnen Alters Zauber schwand,
Nos encantos de antanho esvanescem,
Als nun des Schicksals eh’rne Rechte,
Apenas do destino o granítico direito,
Die große Meisterin, die Noth,
A grandiosa mestra, a angústia,
Dem übermächtigen Geschlechte
Que a toda criatura vivente impinge
Den langen, bittern Kampf gebot:
A mais longa e renhida peleja:


Da sprang er aus der Mutter Wiege,
Ali ele saltou do berço materno,
Da fand er sie, die schöne Spur.
Ali ele os encontrou, os belos traços.
Zu seiner Tugend schwerem Siege,
Das suas virtudes a difícil vitória,
Der Sohn der heiligen Natur;
O filho da sacra natureza;
Der hohen Geister höchste Gabe,
Dos altos espíritos o mais insigne condão,
Der Tugend Löwenkraft begann
A virtude da força leonina nascida
Im Siege, den ein Götterknabe
Em vitória,  essa criança dos Deuses
Den Ungeheuern abgewann.
Das potestades hauriu.


Es kann die Lust der goldnen Ernte
Como o deleite benfazejo das colheitas douradas
Im Sonnenbrande nur gedeih’n;
Que apenas florescem sob os cálidos raios de sol;
Und nur in seinem Blute lernte
Também apenas em seu sangue aprendera,
Der Kämpfer, frei und stolz zu seyn;
O lutador a ser orgulhoso e livre;
Triumph! Die Paradiese schwanden,
Triunfo! O paraíso deslinda-se,
Wie Flammen aus der Wolke Schoos,
Como a flama do seio das nuvens,
Wie Sonnen aus dem Chaos, wanden
Como a luz, das trevas, ergue-se o herói
Aus Stürmen sich Heroen loß.
Das negras borrascas vindouras.


Der Noth ist jede Lust entsprossen,
A agonia é o desejo que emana,
Und unter Schmerzen nur gedeiht
E temperado sob a dor prospera,
Das Liebste, was mein Herz genossen,
O mais dileto, em que meu coração regozijou,
Der holde Reiz der Menschlichkeit;
O doce encanto da humanidade;
So stieg in tiefer Fluth erzogen,
Então avança contra as mais altas marés,
Wohin kein sterblich Auge sah,
Onde jamais olhos mortais contemplaram,
Stillächelnd aus den schwarzen Wogen
Num sorriso plácido, das negras vibrações
In stolzer Blüte Cypria.
Mais orgulhosa floresce Afrodite.


Durch Noth vereiniget, beschwuren
Entre as angústias conjuradas, evocadas
Vom Jugendtraume süß berauscht,
Dos doces sonhos de uma juventude ébria.
Den Todesbund die Dioskuren,
Dos píncaros da morte, os Dióscuros,
Und Schwerd und Lanze ward getauscht;
E permutaram espadas e lanças.
In ihres Herzens Jubel eilten
Em seus corações um frêmito de alegria
Sie, wie ein Adlerpaar, zum Streit,
Eles, como um par de águias, à batalha.
Wie Löwen ihre Beute, theilten
Como os leões as suas presas, dividem
Die Liebenden Unsterblichkeit. —
Os enamorados a imortalidade.


Die Klagen lehrt die Noth verachten,
Os clamores ensinaram a desprezar as angustias,
Beschämt und ruhmlos läßt sie nicht
A ignomínia e o opróbrio não os tolhiam.
Die Kraft der Jünglinge verschmachten.
As forças da juventude evanescente.
Giebt Muth der Brust, dem Geiste Licht;
O peito outorgara coragem, a alma, luz;
Der Greise Faust verjüngt sie wieder;
O punho vestuto neles rejuvenece;
Sie kommt, wie Gottes Blitz, heran,
Eles vieram, num lampejo divino, avante,
Und trümmert Felsenberge nieder,
E demoliram montanhas,
Und wallt auf Riesen ihre Bahn.
E percorreram assim sua colossal senda.


Mit ihrem heil’gen Wetterschlage,
Com suas sacras borrascas,
Mit Unerbittlichkeit vollbringt
Com suas gestas inexoráveis,
Die Noth an Einem großen Tage,
A dor de um dia supremo,
Was kaum Jahrhunderten gelingt;
Com trabalhos em um século venceram
Und wenn in ihren Ungewittern
E quando em suas intempestividades
Selbst ein Elysium vergeht,
Por si mesmos subiram aos Elísios
Und Welten ihrem Donner zittern —
E mundos que seus trovões estremeceram
Was groß und göttlich ist, besteht. —
De grandeza e divindade constituidos.


O du, Gespielin der Kolossen,
Oh tu, amiga dos colossos,
O weise, zürnende Natur,
Oh sábia, furiosa Natureza,
Was je ein Riesenherz beschlossen,
Que decidira, um valoroso coração,
Es keimt’ in deiner Schule nur;
Germinar em teus discipulos apenas;
Wohl ist Arkadien entflohen.
Naqueles que de Arcádia fugiram.
Des Lebens bessre Frucht gedeiht
Os mais vicejantes frutos da vida floresceram
Durch sie, die Mutter der Heroen,
Através dela, a mãe dos Heróis,
Die eherne Nothwendigkeit. —
A bélica inquietude.


Für meines Lebens goldnen Morgen
Pelas áureas manhãs de minha vida,   
Sei Dank, o Pepromene, dir!
Graças sejam dadas a vós, ó Pepromene!
Ein Saitenspiel und süße Sorgen
Notas maviosas e doce inquietude
Und Träum’ und Thränen gabst du mir;
E sonhos e lágrimas tu me deste;
Die Flammen und die Stürme schonten
As flamas e os ímpetos bravios aquartelam
Mein jugendlich Elysium,
Meu juvenil Elísio,
Und Ruh’ und stille Liebe thronten
E a paz e o sereno amor soberanos
In meines Herzens Heiligthum.
Na santidade do meu coração.


Es reife von des Mittags Flamme,
Temperado nas chamas do meio-dia,
Es reife nun vom Kampf und Schmerz
Provado pela dor e pela batalha
Die Blüth’ am gränzenlosen Stamme,
O florescer de uma valorosa estirpe,
Wie Sprosse Gottes, dieses Herz!
Como a semente divina, nesse coração!
Beflügelt von dem Sturm, erschwinge
Insuflado pela tempestade, eleva-se
Mein Geist des Lebens höchste Lust,
Minha alma às mais altas aspirações da vida,
Der Tugend Siegeslust verjünge
O virtuoso fervor rejuvenescido
Bei kargem Glücke mir die Brust!
Pelo austero porvir em meu peito!


Im heiligsten der Stürme falle
Na pureza da tempestade destruidora
Zusammen meine Kerkerwand,
Esboroam-se também as muralhas da minha prisão
Und herrlicher und freyer walle,
E soberana e altiva,
Mein Geist in’s unbekannte Land!
Minha alma voga pelas paragens desconhecidas!
Hier blutet oft der Adler Schwinge;
Amiude aqui sangraram as asas do falcão;
Auch drüben warte Kampf und Schmerz!
E além, onde residem a luta e dor!
Bis an der Sonnen lezte ringe,
Até os ulteriores círculos solares,
Genährt vom Siege, dieses Herz.
Alimentado pela vitória, esse coração.


Hölderlin.