sábado, 28 de agosto de 2010

Ao Brasil


Bela estrela de luz, diamante fúlgido
Da coroa de Deus, pérola fina
Dos mares do ocidente,
Oh! como altiva sobre nuvens de ouro
A fronte elevas afogando em chamas
O velho continente!

A Itália meiga que ressona lânguida
Nos coxins de veludo adormecida
Como a escrava indolente;
A França altiva que sacode as vestes
Entre o brilho das armas e as legendas
De um passado fulgente.

A Rússia fria - Mastodonte eterno!
Cuja cabeça sobre os gelos dorme,
E os pés ardem nas fráguas;
A Bretanha insolente que expelida
De seus planos estéreis se arremessa
Mordendo-se nas águas;

A Espanha túrbida; a Germânia em brumas;
A Grécia desolada; a Holanda exposta
Das ondas ao furor...
Uma inveja teu céu, outra teu gênio,
Esta a riqueza, a robustez aquela,
E todas o valor!

Oh! terra de meu berço, oh pátria amada,
Ergue a fronte gentil ungida em glórias
De uma grande nação!
Quando sofre o Brasil, os brasileiros
Lavam as manchas, ou debaixo morrem
Do santo pavilhão!...


Fagundes Varella






*Nunca deixem os torpes e celerados da grande mídia dizer-vos o que é o Brasil, o verdadeiro Brasil não aparece na televisão nem ouve-se nos rádios, o verdadeiro Brasil somos nós, e o que nós fazemos dele. Havemos de lutar por ele.

Dynamics of Political Propaganda


Many people make the wrong assumption that most political propaganda made, aim to convince or convert people, from my observations I realize that it not works this way.


Mainly, political propaganda seeks to gather people who already have inclinations to certain cause, people who have natural tendencies to adopt republican policies will not adhere to the democrat ones just by consuming it's propaganda, in fact, when pushed too hard, these kind of propaganda will only increase the rejection of this certain person against the democrat policies.

So how can political propaganda works in my view? As I said, the mission of propaganda is just to awake sentiments and inclinations that are already there, and emulate it to the extremes, at the point of this individual, target of propaganda action, begin himself to act towards the advancement of the cause awakened in his spirit, the tendencies were already in him.

People do altruistic things, adhere causes more than anything, out of empathy, that's the same mechanism, for instance, that makes a low brow piece of art like a movie or an album be an economic success just because the artist in question is charismatic, someone the masses can identify with, whom have 'good' qualities.

So this happens even more in the political field where the persona of certain politician matters more than what are his policies, the emotional appeal to the masses, the good qualities the masses doesn't find in itself projected on him.

Thus, a successful propaganda action shouldn't be aimed to reach the major number of people possible, rather, to reach the desired kind of people, the better elements of society, so these elements could embrace the cause, weighing in all their empathy to this certain cause, making this cause more attractive to the masses. The masses will stick to where the geniuses, the handsome, the desirables are.

Any movement who fails to get itself among the elite, be it intellectual or material, is damned to public oblivion and complete ineffectiveness.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

¡Tómala sí, un día; tómala sí un dos!



Ahora que Franco ha ganado la guerra
rumba, la rumba, la rum...
Ahora que Franco ha ganado la guerra
rumba, la rumba, la rum...

Volveremos a empezar,
tomaremos Gibraltar.

¡Tómala sí, un día; tómala sí un dos!

Y si nos faltara tierra,
tomaremos Inglaterra.

Si nos da por la elegancia
tomaremos toda Francia.

Montados en una barca
tomaremos Dinamarca.

Tomaremos por que sí,
el imperio marroquí.

Entraremos en la estepa
gritando ¡viva la Pepa!

Cuando estemos en Moscú
tomaremos un vermut.

Al entrar en Leningrado,
tomaremos un helado.

Rusia es cuestión de un día
para nuestra infantería.

Al volver de nuevo a España
tomaremos una caña.

Tomaremos un tranvia
porque ya viene mi tia.

Fumaremos un pitillo,
que nos regala el Caudillo.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sonho

Ah, estamos quase na primavera! Inverno, sois demasiado prolixo, tomais demasiado tempo à minha sensibilidade, ao meu espírito exclusivo, Primavera, gostaria de falar-lhe ao ouvido.
Lançar ao teu entendimento as doces palavras suaves, nos laivos de poesia que escorrem de meus olhos, sob tua leve brisa, um beijo de gratidão à natureza, tanto ao céu azul, como ao oceano arquipotente.
Poderia eu supor que me amas deveras? Primavera, seus leves fluxos me renovam, sinto a vida na morte, e minh'alma a evolar nas cumeadas superiores, e subitamente descair em terríveis prazeres, e tudo está em harmonia e tudo está feliz.
Ah, vede! A Primavera chega, essa nobre donzela, traz com ela seus benévolos eflúvios, mas ontem eu estava perturbado e recolhi-me ao leito mais cedo que o de costume, tive um belo sonho, tive um sonho inesquecível, ah, hoje eu despertei com a alma repleta de delicadeza, estive volando pelos átrios de meu solar por todo o dia, homiziado, tal qual benigno aventesma, a divagar... Já que o sonho foi incrível cabe a mim relatá-lo.
...Via-me eu num bosque escuro e sombrio, perante uma fonte de mármore branco, a água refratava em seu brilho cristalino o fulgor argênteo de uma lua plácida e soberana, noctívaga como eu, o ar era úmido e frio, ao meu redor apenas a penumbra de uma mata densa de abetos, carvalhos e oliveiras, o que eu conseguia ouvir era o murmurar da água, e eis que eu vejo uma cadeira de ouro com um suntuoso estofado de seda e um florete ao seu lado, também com áurea bainha, eu, vagarosamente sentei-me naquela cadeira, iluminada apenas pelo luar, suavemente fui desembainhando aquele florete ornamentado, respirando o fresco ar da madrugada, e me pus calmo e absorto a contemplar a escuridão, imerso na gravidade de uma solitude aristocrática, tal qual um rei, após alguns instantes, dois pontos a brilhar na obscuridade, e das arvores se descobria uma mulher, uma invulgar presença, que me desconcertava completamente! Ela era dotada de uma rara beleza, à medida que ela se aproximava de mim eu distinguia seus suaves traços sob o clarão do luar, sua sedosa e esvoaçante cabeleira, os olhos, da cor e com o brilho de safiras, ao deslindar tamanha beldade, encontrei-me em uma letargia extática, um milhão de explosões sensoriais grassavam pelo meu corpo, enquanto ela vinha em minha direção, ela me despertou um intenso desejo, inexplicável em palavras, sentia inflamar-se em mim um anseio desesperado por seus beijos, ela parou a minha frente, por um instante eu deslizei meus olhos enleados sobre ela dos pés a cabeça, ah, que visão celestial, privilégio indescritível, eu vibrava de tensão numa deliciosa expectativa, ela curvou-se sobre mim até eu sentir sua ofegante respiração sobre meu rosto, seu hálito era melífluo e balsâmico, como dos lírios e jasmins em flor, ela me olhava fixamente, seu olhar era lânguido porém envolvido de certa lascívia, ela se levanta e começa se despir , céus, eu nunca vira até ontem, curvas tão perfeitas, a pele branquíssima como a neve, consubstanciando em si toda a delicadeza e suavidade nos traços própria das Deusas do Olimpo, eis a mulher de meus sonhos, minha musa! Ela tomou minha mão, levantei-me, ela enlaçou meu pescoço, ainda com aquele olhar, aqueles grandes olhos verdes, me entorpeciam, os lábios rubros se oferecendo a mim, colhi um beijo então, naquela linda face, senti sua língua quente e macia na minha, depois ela parou seus olhos nos meus, e após, sussurrou em meu ouvido com voz cristalina:
- Guarda-me com teu sangue, pois sou tua honra, ama-me com teu coração, pois eu vos completo.
Logo depois ela me entregou o florete com a roda do sol cravada na manopla , então tudo se desvaneceu...

Tenaglia

Nietzsche



Das fulgurantes chamas
Que inflamam a vida,
À vontade de poder clama
A palma da fraqueza já vencida!

Ressurgindo como aurora imprevista
Vai devastando o espírito,
Elevando-se acima da vista;
Apagando o que outrora foi escrito!

Apossando-se cada vez mais forte.
Dos esquálidos executando a sorte,
Pela violência extrema da natureza
Impondo-se por cruel nobreza.

Voando acima da mediocridade
Que se encerra no mundo moderno.
Destruindo com ferocidade,
A vileza do inimigo interno!

E ri-se diante do perigo!
E da morte é notável amigo!
Este vagalhão que à alma assalta,
Este titã que se exalta!

Vibrando violentos golpes
Ao destino pachorrento!
Da terra a frementes galopes
Afasta-se como o vento!

Rasgando o céu fulgurante!
Estilhaçando num instante!
Os matizes da hipocrisia
Que se mesclam em democracia.

A vontade que em mim ruge,
Do interno peito ressurge!
Que me toma de todo
E alça-me do lodo!

A vós águia destruidora!
Que da altura dos píncaros nevados,
Contemplou inferiores estados
Da mentira avassaladora!

E no ar rarefeito
Que sempre respiramos,
Em nosso caminho sempre estreito
Tudo nos parece humano, demasiado humano...


Tenaglia


terça-feira, 3 de agosto de 2010

I am Pagliacci



"Heard joke once:


Man goes to doctor. Says he's depressed.

Says life seems harsh and cruel.
Says he feels all alone in a threatening world where what lies ahead is vague and uncertain.

Doctor says, 'Treatment simple.

Great clown Pagliacci is in town tonight.

Go and see him. That should pick you up.'

Man bursts into tears. Says, 'But Doctor... I am Pagliacci.'"


- Rorschach, Watchmen



segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Iron Sky



Trailer do filme "Iron Sky", previsto para 2011!

O cavalo ronceiro




Sérébrany tinha-se esquecido de que estava sem sabre e sem pistola e que o cavalo que montara era velho. No seu tempo, tinha sido um valente corcel; tinha servido vinte anos nos campos de batalha e, em vez de obter a reforma devido aos serviços prestados, ainda o tinham posto a carregar água ou estrume e não o poupavam as chicotadas. Naquela altura, sentira em cima de si um cavaleiro poderoso e recordara-se do seu passado, quando transportava heróis para combates terríveis, quando era alimentado com cevada selecionada e lhe davam hidromel a beber. Dilatou as narinas, estendeu o pescoço e voou em perseguição de Maliuta Skuratov.

TOLSTOY, Alexei, Ivan o terrível ou a Rússia do século XVI, capítulo XIV, A bofetada.

domingo, 1 de agosto de 2010



Ground control to Major Tom
Controle de solo para Major Tom...
Ground control to Major Tom
Controle de solo para Major Tom...
Take your protein pills and put your helmet on
Tome suas pílulas de proteína e coloque seu capacete.

Ground control to Major Tom
Controle de solo para Major Tom...
(10, 9, 8, 7)
Commencing countdown, engines on
Iniciando contagem regressiva, motores ligados
(6, 5, 4, 3)
Check ignition, and may God's love be with you
Checar ignição, que o amor de Deus esteja com você...
(2, 1, liftoff)

This is ground control to Major Tom,
Esse é o controle de solo para Major Tom:
You've really made the grade
Você realmente teve sucesso
And the papers want to know whose shirts you wear
E os jornais querem saber que camisetas você usa.
Now it's time to leave the capsule
Agora é a hora de sair da cápsula,
if you dare
Se você ousar...


This is Major Tom to ground control
Aqui é Major Tom para o controle do solo:
I'm stepping through the door
Estou dando um passo pra fora da porta...
And I'm floating in the most peculiar way
E estou flutuando no jeito mais peculiar...
And the stars look very different today
E as estrelas parecem bem diferentes hoje

For here am I sitting in a tin can
Daqui estou sentando numa lata
Far above the world
Bem acima do mundo
Planet Earth is blue, and there's nothing I can do
Planeta terra é azul e não há nada que eu possa fazer

Though I'm past 100,000 miles
Embora eu tenha passado cem mil milhas.
I'm feeling very still
Estou me sentindo bem calmo.
And I think my spaceship knows which way to go
E eu acho que minha nave espacial sabe qual caminho seguir
Tell my wife I love her very much,
Diga pra minha mulher que eu a amo muito,
She knows
Ela sabe...

Ground control to Major Tom,
Controle de solo para Major Tom:
Your circuit's dead, there's something wrong
Seu circuito pifou, há algo errado
Can you hear me Major Tom?
Você pode me ouvir Major Tom?
Can you hear me Major Tom?
Can you hear me Major Tom?
Can you...

Here am I floating round my tin can
Aqui estou flutuando em volta da minha lata?
Far above the moon
Bem acima da lua
Planet Earth is blue, and there's nothing I can do....
O planeta terra é azul e não há nada que eu possa fazer


*A BBC tocou essa música durante cobertura da alunissagem da Apollo XI em 1969.