domingo, 12 de abril de 2009

Pensamentos proíbidos

Há certas opiniões que são tão cruciais na vida de um homem que, se esposá-las enquanto ainda é jovem corre o risco de arruinar sua vida inteira.

O jovem homem tem que aprender essa medida de prudência e adiar a defesa dessas opiniões para mais tarde quando já tiver alcançado tudo o que anseia, pelos quarenta anos eu acho uma idade apropriada, os maiores escritores e filósofos foram francos consigo mesmos por essa época.

Opiniões que a massa inteira discorda, devem ser conjuradas em época em que se esteja forte, e que se tenha alguma propriedade para dizê-las. Do contrário você apenas conseguirá fazer de si mesmo e vossa opinião, objeto de escárnio público.

sexta-feira, 10 de abril de 2009



Os comerciantes reclamam dos feriados, eu não acho que deveriam, na idade média se trabalhava mais horas por dia, em compensação, havia cerca de noventa dias feriado por ano, graças a igreja católica, penso que essa foi a única coisa em que o cristianismo foi benéfico, deu a seus fiéis alguns dias no ano para cultuar seus semi-deuses, quero dizer, santos.

Muito trabalho é bom para a alma? Os antigos diziam que apenas havia honra no ócio e na guerra, o trabalho era visto como coisa indignificante, coisa de escravos.

A mentalidade germânica anglo-saxã mudou isso, um bom exemplo foi Henry Ford com seu dinamismo, e duro esforço, deveriamos todos trabalhar, trabalhar frenéticamente se quiséssemos alcançar algo.

Uma mentalidade para os assalariados, para os escravos assalariados, nos deixa essa doce ilusão de que se dermos nosso sangue, nossa alma, nosso lazer e nossas afeições ao trabalho, ficariamos ricos e teriamos honra, não é bem assim, a riqueza e a honra fica para aquele que nos comanda.

Quem já trabalhou em um escritório sabe, sabe porque chamam o emprego assalariado de escravidão moderna, olhemos os chefes, a maioria deles são porcos hedonista que gostam de provar a sua supremacia pisando em seus subordinados... Você é tratado um pouco melhor, tem regalias, mas no fundo, não é muito diferente de um hilota espartano.

Como diz a canção: É necessário redescobrir a virtude da preguiça.

terça-feira, 7 de abril de 2009

O direito à vingança




Sempre desconfio daqueles que estão sempre à julgar os outros, assim como dos juízes profissionais, o único que tem fundamento moral para julgar um criminoso é a sua vítima, e é apenas a vítima que cabe o poder de fazer justiça, qualquer interferência externa, principalmente do estado, é uma abominação.

Ninguém é inocente, todos somos culpados de alguma coisa, não existe inocência, se todos somos culpados, como podemos julgar-nos uns aos outros?

domingo, 5 de abril de 2009

Apreciadores de Arte


Os homens criam arte, as mulheres apreciam arte, porquanto como artista, sempre desconfio dos tais "apreciadores de arte profissionais", há algo de feminino na alma desses seres.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Feminilidade




Esse texto me foi inspirado pelo Pai ainda no começo deste ano, e relato o colóquio que pratiquei com a alma feminina no seio da natureza e eis que resultou este pequeno e simples texto.


Ela me lança um olhar, com seus penetrantes frios olhos azuis e brada ferozmente comigo:

- Levanta-te daí desgraçado! Imerso em um pântano de lodo és tão pequeno, tão ínfimo perante minha alteza. Ó como podeis ter vós, pretensões em relação a mim, que petulância! Não será em vossa bonomia, que dês cabo a essa vossa vida miserável? Minha natureza é cega a esses vossos pedantismos, minha natureza somente respeita a força, a supremacia, a superioridade.

Então ela me lança um olhar de desdém infundido de uma parte de pena e diz:

- Eu sou reservada aos fortes, aos altivos aristocratas de mente superior, de imposição espiritual, de ostentação da alma, savoir-faire, donaire, garbo e galanteria...

Interrompe-se, seus ademanes são tão elegantes e naturais, ela me repreende com fúria porém eu consigo descobrir, ela quer me ajudar me colocar na direção certa ou talvez não, ai, sua natureza é tão confusa a mim, sou tolo, não entendo... E diz-me mais palavras duras e misteriosas:

- Levanta-te verme! Não seja uma vaga morta que singra sobre os mares. Desdenho-te porque tu o mereces, és pequeno e esmagado deve ser. Levanta-te desse mar negro em que imergido estás. Levanta-te para empunhar a orbe do poder e tomar-me em doce sentimento, e enquanto tu não atravessares as pontes do Pai supremo da superioridade, até lá a natureza não me permitirá, que minha pura mão toque esse ser sujo em que te perfaz a ti mesmo, a beleza deve ser beijada, mas somente pela supremacia! Mas vós...quem sois vós!?

Essas duras e claras palavras minh’amada feminilidade lançou-me, a partir de então não fiquei mais triste e amei-a ainda mais.