quarta-feira, 22 de abril de 2015

O poder da personalidade na guerra I

"Um exército fortalecido pelo hábito da moderação e do esforço físico, como são os músculos de um atleta; um exército que considera os sofrimentos como um meio de alcançar a vitória, e não como um castigo colocado sobre sua bandeira; um exército no qual todas as virtudes e deveres estão encarnadas em um único objetivo, a honra de suas armas; este é o exército que realmente possui um verdadeiro espírito militar." ~ Carl von Clausewitz, Da guerra, volume III, capítulo 5.

"Para soldados treinados, a batalha em Katzbach pode não ter sido uma derrota. Na pior das hipóteses, teria sido um revés, facilmente reparável. Porém com simples rapazes, soldados da noite para o dia, foi o princípio de um desastre. Por outro lado, jamais se encontrará um melhor exemplo do valor da energia física e moral e da necessidade de uma real resistência física para suportar a pressão do tempo, da fome, a sede e de todos os outros sofrimentos da guerra; em uma palavra da necessidade por aquele estoicismo que surge, não de repente, mas gradualmente através do treinamento militar, o qual, no fim de tudo, é simplesmente o espírito entranhado de honra e do dever." ~ Camille Rousset, Batalha do Rio Katzbach, 1813.

"Chuquet afirma corretamente que Leon Gambetta, com seus soldados improvisados, procurou repetir os legendários milagres de 1792-93, mas esqueceu-se que os revolucionários voluntários haviam trazido, através de sua falta de disciplina e coragem, apenas desgraças para seu país. Durante a revolução, a República Francesa foi salva, não pela devoção e habilidade de suas novas tropas, mas pela falta de unidade na Aliança. Em 1793, os alemães estavam fracos e indecisos e estavam relativamente distantes; em 1870, eles encontravam-se fortes e unidos, e estavam atuando não no Sauer e no Scheldt, mas no coração da França, no Sena e no Loire." ~ Hugo von Freytag-Loringhoven, O poder da personalidade na guerra, capítulo 2.

"O esforço físico deve ser empreendido não tanto para treinar o corpo, mas a mente. Na guerra, o recruta, geralmente, considera que qualquer exigência física fora do comum requerida dele é a consequência de algum erro crasso cometido pelo comandante, deixando-se influenciar por este modo de pensar. Isso não acontecerá se ele tiver sido adequadamente preparado para atendê-las durante a instrução em tempos de paz." ~ Carl von Clausewitz, Da Guerra, Volume I, capítulo 8.

"Com estas qualidades e guiado simplesmente por um correto bom senso, o homem se torna um instrumento de guerra eficaz. Estas qualidades são inerentes aos povos selvagens e semicivilizados, mas nas nações civilizadas, elas devem ser desenvolvidas pela instrução militar." ~ Carl von Clausewitz, Da Guerra, Volume I, capítulo 3.

"A guerra é o domínio do esforço físico e do sofrimento. Para um homem não ser dominado por estes aspectos, ele precisa possuir uma certa força física e mental, inata ou adquirida, que o torna indiferente a eles." ~ Carl von Clausewitz, Da Guerra, Volume I, capítulo 3.

"Na nossa época, não parece haver meios de incutir este espírito(coragem) em um povo, a não ser através da guerra e de uma liderança ousada. Somente isto pode contrapor-se àquele comodismo, àquele desejo por conforto e prazer, que pode arruinar um povo." ~ Carl von Clausewitz
"A audácia na guerra tem suas prerrogativas. Quando as estimativas de espaço, tempo e poder de combate estiverem concluídas, um certo acréscimo deve sempre ser feito em razão da vulnerabilidade do inimigo. Isto pode ser rapidamente rapidamente demonstrado de modo filosófico. Sendo os outros fatores iguais, sempre que a audácia encontra o medo, ela deve prevalecer, pois o medo sempre é prejudicado por uma perda de equilíbrio. Somente quando a audácia se depara com a prudência calculada, tão ousada, e, pelo menos, tão forte e poderosa como ela própria, ela tornar-se-á inferior. Tais casos são raros. Entre os prudentes, haverá sempre muitos que o são por pura timidez." ~ Carl von Clausewitz
"Longos anos de guerra criaram em Ney uma infalível serenidade que o tornava capaz de dizer a um soldado ferido que pedia por ajuda durante a retirada da Rússia em 1812, "Como posso ajudá-lo? Você faz parte dos destroços de guerra". Nessas palavras, ditas tão calmamente, não havia crueldade, havia apenas a expressão de uma antiga verdade - o soldado na guerra está destinado a destruição; uma verdade quase esquecida na nossa era de amor à paz." ~ Hugo von Freytag-Loringhoven

"Homens comuns, que se submetem à persuasão externa, de um modo geral permanecem continuamente indecisos. Para eles todas as situações são diferentes do que as que imaginavam. Neste estado mental, rendem-se posteriormente a persuasão externa e tornam-se ainda mais incertos e instáveis, até mesmo uma pessoa forte e decidida que tenha baseado suas decisões em informações de primeira mão irá, frequentemente, tomar decisões erradas. Ela não deve, porém, permitir que estes erros abalem sua autoconfiança inata e a tentem a mudar suas decisões bem tomadas para apagar uma impressão efêmera." ~ Carl von Clausewitz, Da Guerra, Volume I, capítulo 6.

"Sem dúvida alguma, nossas táticas devem mudar com as inovações dos campos de batalha. Disse Napoleão: "As táticas devem mudar a cada dez anos para se manter até mesmo uma imagem de superioridade." Entretanto, por mais que mudem as táticas, elas não reduzirão a necessidade por generais habilidosos que ajam de forma audaz dispondo apenas de informações superficiais. Sempre precisaremos, por exemplo, de homens como Constantine Von Alvensleben; o que teria acontecido em Thionville caso o general Von Alvensleben tivesse esperado até que estivesse absolutamente seguro da situação e tivesse, por assim dizer, contado o inimigo homem por homem? Os problemas na guerra jamais podem ser resolvidos como aqueles de aritmética e devemos sempre estar prontos para agir de forma apropriada apesar das incertezas. Não devemos também procurar reduzir as táticas a meras fórmulas técnicas e matemáticas. Isto elas jamais poderão se tornar, e é justamente por esse motivo que a nossa profissão é tão fascinante. A guerra sempre exigiu, e irá sempre exigir, o melhor raciocínio e o mais completo desenvolvimento da personalidade do qual uma pessoa seja capaz. Isto, obviamente, é diretamente contrário ao espírito sectário nivelador e negativo que contamina atualmente a vida moderna e que abomina, acima de todas as coisas, um espírito militar forte e independente." ~ Hugo von Freytag-Loringhoven, A guerra é o domínio da incerteza, capítulo 4.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Poemas de Charr


"Oh Rosa Azul de Illium, deixe tuas raízes penetrarem fundo no solo quente de Tuchanka. Deixe que nosso sol crepitante e chuvas caudalosas transformem tua delicadeza em força. Pois, para que nosso amor sobreviva, ele deve ter espinhos que trespassem a mão de qualquer um que deseje desenraizá-lo."

"Rosa azul de Illium, tu floresceste numa torre de vidro e plástico. Mas beleza sob o vidro é fraca e não testada. Onde estão os teus mortos veneráveis, para fertilizar o solo no qual crescerás forte? Nas planícies rochosas de Tuchanka, eu vou construir-te um jardim com os ossos dos meus ancestrais."

"Rosa Azul de Illium, abandone a eternidade e engalfinhe-se na gloriosa porfia que somos nós, aqui e agora! Quedo-me sem palavras, não por fúria sanguinária, mas por amor, e permaneço aqui, humilde e silente, para oferecer-te uma casa. Venha para mim, Rosa Azul de Illium. Deixe nossos três corações, bater como dois." ~ (Krogans tem dois corações)

"Oh Rosa Azul de Illium, se essas humildes palavras chegarem a você, então eu terei me reunido com meus ancestrais.

Meu sonho era estar ao seu lado, uma erva daninha próxima a sua beleza, se entrelaçando juntas no calor do sol de Tuchanka.

Mas se os meus últimos dias devem ser com o Krannt ao invés da sua benevolência, ainda assim, eu me lembrarei do aroma do teu perfume e do suave toque de suas pétalas.

Que meus ossos estilhaçados sejam uma muralha ao redor do seu jardim, para que você e a flor que plantamos juntos possam crescer fortes e seguras." ~ Charr