quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Esteja em ambientes saudáveis

O Dalai Lama dissera em seu livro palavras de sabedoria; "Esteja com pessoas de condição inferior a você e decairá, esteja com pessoas de condição igual a tua e permanecerá o mesmo, esteja com pessoas superiores e ascenderá". Naturalmente essa classificação que ele faz das pessoas não se refere a condição econômica e sim espiritual. É uma verdade indelével outrossim.

Eu creio que as tendências genéticas determinam de modo inexorável o comportamento da maioria das pessoas, no entanto, reconheço as influências benéficas ou não, da criação a que foi submetido um indivíduo, vou ainda além, e digo que como nós seres humanos somos animais sociais, geralmente se um indivíduo de cultura diferente, for imiscuído sozinho em outro grupo ele acabará por adotar a cultura do grupo ou no mínimo sincretizar a sua cultura com a do grupo. Note-se, eu disse um indivíduo isolado e não indivíduos, pois tudo isso é o contrário se imiscuirmos grupos dentro de grupos, se no caso for um grupo pequeno dentro de um grupo grande raramente ocorre assimilação, ao invés, ocorre hostilidade, com cada grupo lutando pelo poder, isso a história já provou e continua a provar. A assimilação entre grupos somente ocorre se os grupos tiverem culturas parecidas.

Quem vive hoje no monturo da sociedade moderna, deve aprender a selecionar os ambientes que frequenta se não quiser ter sua cultura deturpada, afinal geralmente nós somos sós, especialmente num país como o Brasil, estando em ambientes degenerados você somente conhecerá pessoas iníquas, terá oportunidades infames, e estando envolto nessa cultura ignóbil, logo verá a estrutura de seus pensamentos afetada por toda essa sujeira. Drogas, promiscuidade, ignorância, ateísmo, corrupção, materialismo, são tudo que esses plebeus tem para oferecer, seu dever é declinar esses presentes hediondos.

Estar com pessoas que estimulem nossa inteligência e virtude, esse é um aspecto da verdadeira amizade, pessoas assim são raras, e por vezes somente as encontramos entre os mortos, nos livros. Não obstante isso, minhas recomendações gerais são de se manter a socialização, procure eventos que afastem os degenerados, por exemplo os de manhã, como corridas de rua, passeios ciclísticos, festivais tradicionais, feiras estudantis e de livros, festas de igreja, eventos familiares em geral.

Se você tiver de sair a noite, evite lugares que tocam, funk, sertanejo, rap, reggae, etc...

De todo modo não é bom sair a noite qualquer que seja o tipo de lugar, não é uma diversão saudável, a probabilidade de encontrar degenerados é alta.

É difícil manter a alma limpa se não se vive em um local limpo.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Que minhas palavras não sejam dissolutas

Por vezes esquecemos do poder das palavras, dos sons que pronunciamos, somos levianos em relação ao que dizemos, ou falamos mas não queremos dizer nada, entabulamos conversas inúteis e vis com gente a quem não deveríamos dirigir a palavra. Nossa conversa torna-se corrupta, nosso pensamentos em consequência tornam-se nebulosos.

Principalmente quando rodeado de pessoas vulgares, o homem honesto deve manter um silêncio estóico até o momento em que possa deixar o iníquo grupo. Falar de alguém sem que a pessoa esteja presente é uma atitude desonrosa, a não ser que seja para elogiar tal pessoa. Contudo, conversar sobre pessoas em si já é de mau gosto, pessoas, a não ser que sejam ilustres, jamais deve ser tema da conversa de um homem de bem.

As palavras tem consequências internas, em nossa mente elas reforçam símbolos e arquétipos, e reforçam associações de pensamentos, que influem em nosso comportamento, quando sucumbimos ao modo de falar do vulgo, sucumbimos outrossim a sua estrutura psíquica, dissolvemos nossa identidade nesse arquétipo hediondo de vulgaridade e vício.

Devemos fazer o possível para que nossas palavras sejam puras, honestas e belas. As palavras são parte de você, são a vocalização de sua essência interior, a beleza e a virtude devem envolver teus pensamentos e consequentemente as tuas palavras. É um modo de escapar ao caos e devassidão do vulgo.

O silêncio é a nobreza, é o nectar mais puro para a mente, quando as palavras são abundantes, mesmo as virtuosas, elas podem causar confusão em seu coração e desviar o homem de suas diretivas primordiais. O homem deve passar a maior parte de seu dia em silêncio, absorto em seus pensamentos, encarnando-os em suas ações cotidianas, muitas palavras podem ser um empecilho, e podem desviar o homem de seus pensamentos corretos.

Deixe que a ação seja a sua eloquência, no fim de tudo o que valida o homem são suas ações e não palavras.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A verdade não teme escrutínio

O calor da batalha é o juiz mais imparcial e justo. Nós devemos nos pôr a teste, verificar nosso poder constantemente, nosso corpo enquanto tivemos vigor, e nosso espírito sempre. Muitos usam a desculpa da idade para abster-se do tumulto e caos do combate eterno, deveras, nosso corpo decairá, mas nosso espírito, a despeito da decadência corporal que acompanha a idade, pode permanecer acerado e duro se assim nos dispusermos.

A essência do cultivo do espírito necessariamente vai pela disciplina, moral e virtude. Não há como manter um espírito forte e puro se não praticarmos nesses três fulcros, quando indulgimos na degeneração moderna, nossos corpos parecem ser afetados, mas de fato, nosso espírito é o que se afeta mais profundamente, isso é com efeito muito sério, afinal um corpo corrompido pode se regenerar com relativa facilidade contanto que exista vontade para isso, ao contrário é, todavia, o espírito corrompido, esse, com muitos esforços pode ter uma perspectiva de regeneração.

Musashi dissera em seu livro dos cinco anéis que quando o espírito estiver relaxado o corpo deve manter-se tenso, o corpo tenso, o espírito relaxado. Isso é muito adequado, o conforto e segurança da vida moderna permite-nos relaxar nosso espírito à níveis perigosos, onde ficamos suscetíveis a todo tipo de corrupção, que sorrateiramente nos é instilada pela mídia, noticiários e cultura em geral, também, eu diria, quando somos forçados a conviver com gente de mentalidade plebeia, como no trabalho ou faculdade por exemplo. Assim nós nos esquecemos do combate eterno, nos acomodamos, nos tornamos fracos e corruptos.

A adversidade nos torna afiados, quando sabemos que teremos de usar nossos corpos numa batalha inexorável e fatal contra hordas inimigas, quando sabemos que esse é nosso destino, o curso de ação em face disso é nos tornarmos saudáveis, hábeis, fortes e vigorosos, tornar nossos corpos uma reflexão de nosso espírito.

Quando sabemos que nossa inteligência será usada para guiar aqueles que amamos na escuridão da tirania vindoura, aproveitamos cada momento para estudar, pesquisar, inquirir e consumir toda sabedoria disponível através dos livros.

Lance-se as flamas, elas te julgarão nobre ou ignóbil.

domingo, 11 de outubro de 2015

Picos físicos e mentais

Eu consideraria dever de todo homem e mulher, chegar a seus respectivos picos físicos e mentais, atingir o máximo de sua capacidade. O primeiro passo para isso é abandonar todos os hábitos que enfraquecem o corpo e a mente, isso é difícil, pois envolve abster-se de prazeres que a massa tem em alta estima, e por esse mesmo motivo são vulgares.

O conforto enfraquece, isso nossos ancestrais aperceberam-se cedo. A luta deve preceder a libação, disso os modernos fazem questão de esquecer. Mas nós não devemos, devemos assertar essa verdade natural. Devemos receber com júbilo essa dor, agonia, e escuridão, incorporá-las em nosso peito, essas trevas nas quais devemos nos imergir, e por vezes ter nossos corpos estraçalhados pelas feras que nela habitam, e termos consciência que saiamos dessas trevas talvez aleijados ou nem mesmo saiamos, muitos são os que perdem suas almas no negror desse abismo.

A dureza dessa luta eterna, desse combate que levamos, que trouxemos sobre nós, é algo que devemos perfazer de modo ritual, em nossas vidas cotidianas, abandonando a fraqueza e o prazer vulgar, as tonterias modernas. Nós devemos lançar nossos olhos à eternidade. Para além da mesquinharia dessa vida terrena.

Como nossos ancestrais, contemplar a vastidão de nossa civilização através dos milênios e a influência dos homens direitos nesse fluxo de eras. Acreditem-me toda pequenez do egoísmo e vício que, se tivermos em conta apenas imediatismo de nossas vidas pensamos importar, desvanecem quando nos elevamos a visão das montanhas, onde as vidas humanas egoístas são como baforadas de ventos quentes e úmidos que só causam uma sensação ruim a quem está presente a seu alcance. Por vezes porém, homens que lançam seus olhos à eternidade, ascendem dessa massa ignóbil, como as cortantes ventanias de Bóreas, e trazem consigo a tempestade redentora que outorga de novo dignidade e virtude a humanidade.

Nós devemos ser essa chuva. Nós devemos ter a visão dos cumes da auto-conquista. Do incubo de disciplina que aprisiona nossa fraqueza e degeneração, nós nos elevamos as montanhas que é onde nossos corações nos impelem com cada vez mais ardor.