quarta-feira, 23 de março de 2011

Saga de Bjorn



A Saga de Bjorn, excelente animação que retrata as desventuras de um outrora grande guerreiro já envelhecido, procurando uma morte honrada em batalha, para adentrar os salões dourados de Valhalla, onde os bravos vivem para sempre...

sábado, 19 de março de 2011

Não há volta atrás




Es gibt keinen Weg zurück
Não há volta atrás.
Weißt du noch, wie's war
Lembra-se ainda como era,
Kinderzeit, wunderbar
A infância, maravilhosa,
Die Welt ist bunt und schön
O mundo era colorido e belo,
Bis du irgendwann begreifst,
Você algum dia compreendeu,
Dass nicht jeder Abschied heißt
Que nenhum Adeus foi dado,
Es gibt auch ein Wiederseh'n.
Nem mesmo um "até logo".


Immer vorwärts, Schritt um Schritt
Sempre avante, passo a passo,
Es gibt keinen Weg zurück
Não há volta atrás.
Was jetzt ist, wird nie mehr ungescheh'n
O que agora é, jamais deixará de ser.
Die Zeit läuft uns davon
O Tempo nos escapa,
Was getan ist, ist getan
O que está feito está feito,
Was jetzt ist, wird nie mehr so gescheh'n.
O que agora é, jamais existirá novamente.
Es gibt keinen Weg zurück.
Não existe volta atrás.

Ein Wort zu viel im Zorn gesagt
Uma palavra impensada dita na hora da raiva,
Nen' Schritt zu weit nach vorn gewagt
Um passo dado em direção ao perigo,
Schon ist es vorbei
Agora é passado,
Was auch immer jetzt getan
Não importa o que foi feito,
Was ich gesagt hab, ist gesagt
O que está dito, está dito.
Was wie ewig schien, ist schon Vergangenheit.
O que parecia eterno, já é passado.

Immer vorwärts, Schritt um Schritt
Sempre avante, passo a passo,
Es gibt keinen Weg zurück
Não há volta atrás.
Was jetzt ist, wird nie mehr ungescheh'n
O que agora é, jamais deixará de ser.
Die Zeit läuft uns davon
O Tempo nos escapa,
Was getan ist, ist getan
O que está feito está feito,
Was jetzt ist, wird nie mehr so gescheh'n.
O que agora é, jamais existirá novamente.
Es gibt keinen Weg zurück.
Não existe volta atrás.

Ach und könnt' ich doch nur ein einz'ges Mal
Ah, se eu pudesse porém, apenas uma vez,
Die Uhren rückwärts dreh'n
Retroceder as horas,
Denn wie viel von dem, was ich heute weiß,
Então estando repleto daquilo que hoje eu sei,
Hätt' ich lieber nie geseh'n.
Eu preferiria jamais ter visto.
Es gibt keinen Weg zurück.

Dein Leben dreht sich nur im Kreis
Tua vida gira em círculos,
So voll von weggeworfener Zeit
Tão cheia de tempo desperdiçado,
Deine Träume schiebst du endlos vor dir her
Os teus sonhos te lançam daqui ao infinito,
Du willst noch leben irgendwann
Você até deseja viver a vida algum dia,
Doch wenn nicht heute, wann denn dann?
Mas se não hoje, quando então?
Denn irgendwann ist auch ein Traum zu lange her.
"Algum dia" então será apenas um sonho longínquo do passado.

Immer vorwärts, Schritt um Schritt
Sempre avante, passo a passo,
Es gibt keinen Weg zurück
Não há volta atrás.
Was jetzt ist, wird nie mehr ungescheh'n
O que agora é, jamais deixará de ser.
Die Zeit läuft uns davon
O Tempo nos escapa,
Was getan ist, ist getan
O que está feito está feito,
Was jetzt ist, wird nie mehr so gescheh'n.
O que agora é, jamais existirá novamente.
Es gibt keinen Weg zurück.
Não existe volta atrás.

Ach und könnt' ich doch nur ein einz'ges Mal
Ah, se eu pudesse porém, apenas uma vez,
Die Uhren rückwärts dreh'n
Retroceder as horas,
Denn wie viel von dem, was ich heute weiß,
Então estando repleto daquilo que hoje eu sei,
Hätt' ich lieber nie geseh'n.
Eu preferiria jamais ter visto.
Es gibt keinen Weg zurück.

As alegrias da maternidade, Boguereau, 1878

"A mulher que jamais teve filhos permanece incompleta, doente em sua quietude, e um pouco mais que ridícula. Ela está na mesma posição de um homem que nunca enfrentou uma batalha, ela perdeu a mais colossal experiência do seu sexo." ~ Henry Louis Mencken, Em defesa das mulheres, 1917.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Da mulher Normanda




...Quero falar dessa carne luminosa de rosas fundidas e tornadas fruto sobre faces virginais, dessa pérola de frescura das mulheres Normandas, junto à qual o mais raro nácar das ostras de seus rochedos parece falho de transparência e de umidade. Nessa época, os cuidados da vida ativa, as preocupações do dia a dia deviam ter extinguido no rosto de Jeanne essa tonalidade de lágrimas da Aurora transformando-a num tom mais humano, mais digno da terra de onde saímos e aonde não tardaremos em voltar: o tom melancólico da laranja, pálida e emurchecida. Grandes e regulares, as feições da senhora Hardouey tinham conservado a nobreza que perdera pelo casamento. Estavam apenas um pouco bronzeadas pelo sol e pelo vento, e salpicadas desses grãos de cevada, saborosos e ásperos, que de resto tão bem ficam ao rosto de uma camponesa. A centenária condessa Jacquilene de Montsurvent, que a conheceu, e cujo nome aparecerá muitas vezes nestas Crônicas do Oeste, contou-me que era sobretudo nos olhos de Jeanne-Madelaine que se reconhecia a Feuardent. Por qualquer outro traço, seria possível confundir a mulher de Thomas Le Hardouey com as camponesas dos arredores, com essas magníficas mães de soldados que deram ao Império os seus mais belos regimentos, mas pelos olhos não! Não havia engano possível. Jeanne tinha os olhos de falcão da sua raça paterna, as grandes pupilas de um azul índigo, carregado, escuro como as profundezas mais recônditas do pensamento, e que eram tão características dos Feuardent como os esmaltados do seu brasão. Não há como as mulheres ou os artistas para reparar nestes pormenores. Naturalmente, tinham escapado a mestre Louis Tainnebouy, como muitas outras coisas, de resto, quando me contou a história que mais tarde completei, naquela charneca de Lessay onde nos encontramos. Ele, o meu rústico criador de gado, julgava um pouco as mulheres como julgava as bezerras do seu rebanho, como os pastores romanos deviam julgar as Sabinas que tomavam nos seus braços nervosos; só vira nela os sinais de força e as aptidões da saúde. Com a sua estatura média, mas harmoniosa, as suas ancas e seios proeminentes, como todas as suas compatriotas cujo destino é serem mães, se Jeanne não parecera a mestre Tainnebouy uma mulher bela, impressionara-o ao menos como sendo uma bela mulher.

Por isso, quando me falou dela e se bem que Jeanne tivesse morrido já havia vários anos, o seu entusiasmo de boieiro Normando exaltou-se e atingiu vibrações soberbas.

— Ah! senhor — dizia-me, batendo com o cajado de freixo nas pedras do caminho — era um belo pedaço de mulher! Era preciso vê-la a regressar do mercado de Coutances, no seu cavalo baio, um cavalo inteiro, violento como a pólvora, e sozinha por minha fé! Como um homem, levando na mão o seu chicote de couro negro, de punho envolto em seda vermelha, com o seu corpete de pano azul e a saia de amazona aberta de lado e presa por uma fiada de botões de prata! Arrancava chispas ao pavimento, senhor! Não havia em todo o Contentin uma mulher que se lhe pudesse comparar!

D'AUREVILLY, Barbey, Enfeitiçada, Capítulo V, página 83.

Onde os fracos não tem vez



Um filme que fala aos homens, com a linguagem da fábula, das forças desencadeadas do Apocalipse que avança...