terça-feira, 3 de abril de 2012

A Dom Pedro II


Tu és a estrela mais fulgente e bela
Que o solo aclara da Colúmbia terra,
A urna santa que de um povo inteiro
Arcanos fundos no sacrário encerra!
 
Tu és nos ermos a coluna ardente
Que os passos guia de uma tribo errante,
E ao longe mostras através das névoas
A plaga santa que sorriu distante!...
 
Tu és o gênio benfazejo e grato
Poupando as vidas no calor das fráguas,
E, à voz das turbas, do rochedo em chamas
Desprende um jorro de benditas águas!
 
Tu és o nauta que através dos mares
O lenho imenso do porvir conduz,
E ao porto chega sossegado e calmo
De um astro santo acompanhando a luz!
 
Oh! não consintas que teu povo siga
Louco, sem rumo, desonroso trilho!
Se és grande, ingente, se dominas tudo,
Também das terras do Brasil és filho!
 
Abre-lhe os olhos, o caminho ensina
Aonde a glória em seu altar sorri
Dize que vive, e viverá tranqüilo,
Dize que morra, morrerá por ti!

Fagundes Varella

Nenhum comentário:

Postar um comentário