domingo, 14 de agosto de 2011

Atitude filosófica

"Nós vivemos na era das desculpas" ~ Boyd Rice

Calor do idealismo, Valores graníticos.

A verdade é que sempre identifiquei-me com o passado e meus anseios sempre foram o de ter nascido em épocas de antanho, por várias razões, sendo os valores a principal.

Consigo ver o homem antigo como menos materialista, ganancioso, indulgente com os prazeres sensuais e imoderado, vai em minha alma, qualquer coisa símil ao espírito desses homens, e quando confronto-me com a dura realidade do presente degenerado, fraco, entregue à mais sórdida das sortes, meu desejo mais profundo seria retroceder no tempo.

Eis onde a filosofia age, para salvar-me de uma existência fútil e vulgar, pervadida de um pessimismo tolo, desconstruidor, que faria-me naufragar em um oceano de lamentações e fracassos.

A filosofia proscreve tudo quanto é contrário à razão, o desejo de mudar o imutável é plenamente ilógico, eis o porque a maioria dos filósofos julga insensatez sentir remorso por exemplo, o ato de se remoer aquilo que já é passado, não faz sentido algum do ponto de vista racional, no meu caso seria a inconformidade com o mundo moderno, e tal qual o remorso, o meu aborrecimento em ter nascido na época em que nasci, é uma estultícia completa.

E o conformismo é outro sintoma da modernidade que eu paradoxalmente caí, as pessoas não querem assumir responsabilidades por suas falhas, quando elas acontecem essas pessoas sempre tratam de arrumar um culpado para se eximirem de sua ignomínia, seja ele Deus, a natureza, a sociedade, o sistema, e qualquer outro culpado que esteja ao alcance.

Há um paradigma miserável de raciocínio que se erigiu na maioria das pessoas hoje, elas agem já com qualquer escusa em mente, mesmo antes de começar a ação, e se eventualmente essa ação vier a falhar essas pessoas tem seus alvos prontos a quem outorgar a culpa.

A verdade é que esse é um modo de pensar de fracos, e que essas pessoas ao jogar sua responsabilidade pelo fracasso em alguém ou algo tentam apenas dissimular seus próprios defeitos, são pessoas desorganizadas, viciosas, indulgentes consigo mesmas, indisciplinadas, desvirtuadas. E não querendo reconhecer a própria mediocridade, tratam logo de lançar a culpa sobre um outro fator caso suas vidas se tornem um fracasso.

Isso é o que me previne de sair vociferando contra minha condição, e de lamentar meu destino, o correto é sempre buscarmos construir o que nós achamos belo, e nos definirmos por aquilo que somos a favor e não contra, ao invés de tentar destruir o que se odeia, é sempre melhor tentar construir o mundo que amamos.

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