sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Dr. Morell

...Durante esta entrevista, que durou aproximadamente meia hora, tive oportunidade de observar Hitler detidamente. Aquele homem devia possuir um enorme domínio sobre si próprio, já que não notei nele qualquer sinal de depressão pelo fracasso da ofensiva das Ardenas, na qual foram depositadas tantas esperanças.

"Vamos lançar uma ofensiva de grande vulto no sudeste" -- disse ele quando nos despedimos.

Seu pensamento estava novamente na frente Leste. Confesso que não compreendi sua atitude. "Enganava a si próprio, ou estava sob a influência das injeções do professor Morell?" Este médico soube conquistar a confiança de Adolf Hitler. Outros médicos, tais como o Dr. Rudolf Brandt e o Dr. Hasselbach, estavam preocupados há muito tempo com o estado de saúde do Führer. O Dr. Brandt me contou que Morell tratava Hitler com medicamentos estimulantes, que a longo prazo deveriam ter um efeito nocivo. Por acaso o Dr. Brandt descobriu que Adolf Hitler tomava há algum tempo grandes quantidades de um preparado contra doenças gástricas. Brandt mandou analisar aquelas pílulas, aparentemente inócuas, e constatou que continham certa quantidade de arsênico. Por menor que fosse a quantidade ingerida, com o tempo, seus efeitos sobre o organismo de Hitler seriam desastrosos. Brandt deu o alarme, mas Morell saiu vencedor.

Otto Skorzeny, Memórias, Capítulo 27, Pg. 204, Tomo II, Editora Bibliex.

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