quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A derrota

A 30 de abril fiquei sabendo pelo rádio a notícia da morte de Adolf Hitler; tinha morrido em Berlim, a capital do Reich que estava cercada pelos russos. Reuni os oficiais do meu estado-maior e lhes dei conhecimento da notícia. Receberam-na em silêncio, como se esperassem algo mais de mim. O que devia dizer-lhes? Meu breve discurso terminou com estas palavras:

- O Führer morreu. Viva a Alemanha!

No princípio, a morte de Adolf Hitler parecia um fato incrível. Mas tão logo a reflexão serenou meus pensamentos, cheguei à conclusão de que o Führer da Grande Alemanha devia morrer na sua Capital. Não podia ser testemunha de sua inevitável derrota. Os acontecimentos daquela época são muito recentes para que a personalidade de Hitler possa ser julgada. Essa tarefa é reservada aos historiadores dos próximos decênios. Para muitos alemães, honestos e de boa-fé, com Adolf Hitler perderam-se todas as esperanças de um futuro feliz.


Otto Skorzeny, Memórias, Capítulo 29, Pg. 253, Tomo II, Editora Bibliex.

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