terça-feira, 13 de outubro de 2015

Que minhas palavras não sejam dissolutas

Por vezes esquecemos do poder das palavras, dos sons que pronunciamos, somos levianos em relação ao que dizemos, ou falamos mas não queremos dizer nada, entabulamos conversas inúteis e vis com gente a quem não deveríamos dirigir a palavra. Nossa conversa torna-se corrupta, nosso pensamentos em consequência tornam-se nebulosos.

Principalmente quando rodeado de pessoas vulgares, o homem honesto deve manter um silêncio estóico até o momento em que possa deixar o iníquo grupo. Falar de alguém sem que a pessoa esteja presente é uma atitude desonrosa, a não ser que seja para elogiar tal pessoa. Contudo, conversar sobre pessoas em si já é de mau gosto, pessoas, a não ser que sejam ilustres, jamais deve ser tema da conversa de um homem de bem.

As palavras tem consequências internas, em nossa mente elas reforçam símbolos e arquétipos, e reforçam associações de pensamentos, que influem em nosso comportamento, quando sucumbimos ao modo de falar do vulgo, sucumbimos outrossim a sua estrutura psíquica, dissolvemos nossa identidade nesse arquétipo hediondo de vulgaridade e vício.

Devemos fazer o possível para que nossas palavras sejam puras, honestas e belas. As palavras são parte de você, são a vocalização de sua essência interior, a beleza e a virtude devem envolver teus pensamentos e consequentemente as tuas palavras. É um modo de escapar ao caos e devassidão do vulgo.

O silêncio é a nobreza, é o nectar mais puro para a mente, quando as palavras são abundantes, mesmo as virtuosas, elas podem causar confusão em seu coração e desviar o homem de suas diretivas primordiais. O homem deve passar a maior parte de seu dia em silêncio, absorto em seus pensamentos, encarnando-os em suas ações cotidianas, muitas palavras podem ser um empecilho, e podem desviar o homem de seus pensamentos corretos.

Deixe que a ação seja a sua eloquência, no fim de tudo o que valida o homem são suas ações e não palavras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário