sábado, 6 de novembro de 2010

Aqui



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Que atmosfera feérica, nessas florestas tudo parece belo, o ar puro em contato com meus pulmões outorga-me o prazer da simbiose com o espírito da terra, inundando meu ser de leveza, de saúde e bondade.


Esses paredões escarlate, pelos quais os ventos alegremente dançam numa sinfonia de maviosos acordes, esses paredões resguardam minha alma, da destruição, do ódio, das razzias provocadas pelas hordas sem face, uniformes em sua marcha tétrica em direção a morte. Aqui meu espírito regozija-se ao sabor das variegadas multitudes de cores que pululam em cada ser vivo. Esse baluarte da vida, desde sempre essas muralhas da natureza que se elevam ao infinito, as máculas, dores, desonra, medos, tudo desvanece nessas paragens onde o amor irrora em cada átomo desse lugar, mil vezes abençoado pelos Deuses.

Aqui, respirando as nuvens, descaio nos mais doces devaneios, na miríade de visões celestiais que se descortinam nessas rochas, e minha alma se despe de todo constrangimento, todo peso desnecessário, nessas altitudes, nessas muralhas invencíveis, pela eternidade, o mundo se arrasta perante mim, e me encontro no puro fluxo do pequeno riacho, no vigor das florestas, no cantarolar dos pássaros, tudo é belo, na policromia desse sonho, a maldição é quebrada...

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