domingo, 4 de abril de 2010

Da alma do artista moderno



Muitas são as simples minudências

Do escritor de modernas tendências

Esses seres que me aviltam,

Cantarei esses biltres, malgrado mo permitam


O sorriso amarelo, o simples jeitinho

Poetam sentimentos e coisas sem sentido

Dos “inhos” nojentos sempre mestres no escarninho

De emoções puras signo vil hão mantido


Essa raça inferior, vis celerados

Dominam tudo e dominam nada

Tudo, em qualquer lugar coalham e são encontrados

Nada, arte por eles é execrada


São todos tão humanos e sensíveis

Na falta de talento patente

No escrever são bastante sofríveis

Da literatura, não alcançam céu arquipotente


Mistura são de movimentos pífios

De belo não lhes restam nem resquícios

Realistas pútridos é o que são

Destarte não possuem nem o vão


Voam baixo como mosquitos

Da potência nunca alcançam a plenitude

Poesia de baixa magnitude

São da literatura os detritos


São publicados com certeza

Nestes tempos de degustada imundície

De intelectuais impõe-se grandeza

Não passam de mais fina ralé da tolice


Anárquicas revoluções de auto-expressão

Querem escapar eles a superpopulação

Não sendo mais um na multidão

Custando isso da arte a violação


São muito fracos por certo

Incultos e inférteis os quero por perto

Que contemplando a arte decadente

O poder da antiguidade sinto em mim vivente


05/07/2006

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