quinta-feira, 30 de julho de 2009

Rótulos e moralidade

Dos artistas que ouço, muitos deles são repetitivos, alguns no bom sentido outros não, parece que uma vez que rotulam sua música, ela tem de manter-se fiel ao rótulo até o fim. Os motivos são vários, fidelidade a uma sub-cultura, lucro, amor aos fãs entre outros.

Poucos artistas são capazes de ousar, poucos são descompromissados, e poucos colocam a criatividade acima de tudo, poucos tem culhões para isso.

Acho que esse é o problema de misturar arte e dinheiro, quero dizer, uma vez que você ganha muito dinheiro com um álbum escrito de certa maneira, muito dificilmente você irá mudar esse estilo porque as perspectivas de dinheiro turvam sua mente. Ainda que seu espírito te incline a mudar de estilo.

Rotular-se é a pior coisa que um artista pode fazer, exceto se quiser levar alguma causa ao peito ou coisa parecida, mas na arte pela arte, o rótulo é coisa nociva.

Na arte é onde o homem atinge sua liberdade plena, pode fazer o que quiser, não há limites, os rótulos deturpam isso e põe grilhões nas suas juntas.

O que se diz dos rótulos pode-se dizer da moralidade(ou politicamente correto).

É tolice querer analisar a arte numa perspectiva moral, a não ser que ela seja posta em certo contexto, a arte é amoral, ilimitada, infinita.

Moralizar a arte ou censurá-la, é escravizá-la, ou rebaixá-la ao nível vulgar, nenhum juiz de direito jamais terá legitimidade em julgar qual arte é boa ou não, porque a arte está além do poder dele, ele pode fingir que julgou, pode mandar prender o artista, mas a arte será sempre livre, a arte é mais poderosa que a repressão da democracia brasileira, e nenhum juiz jamais conseguirá destruí-la.

Todo meu apoio a Danilo Gentili:

http://danilogentili.com/

http://twitter.com/DaniloGentili

Viva a liberdade de expressão, abaixo a censura na internet.

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