terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Overdose de estímulos


Pessoas que nascem cegas jamais tem esquizofrenias ou psicoses, em comparação com as que se tornam cegas durante a vida ou tem histórico familiar de esquizofrenia:


Uma das características dos esquizofrênicos é não saber diferenciar se os estímulos sensoriais captados por seus sentidos, são reais ou não. Essa ausência de distinção de estímulos sobrecarrega a mente do indivíduo, fazendo-o eventualmente perder sua sanidade.

Ao invés nos indivíduos nascidos cegos, ao que parece, a consciência dos estímulos e de onde eles vem torna-se em geral muito superior que a da população saudável e mais ainda em relação aos esquizofrênicos.

Essa ordem, essa distinção cirúrgica de onde os estímulos vem, parece protege-los dessa doença mental específica.

Seria então necessário pensar, a estabilidade, ordem e constância, é o que os protege? É o que nosso cérebro necessita e busca? O equilíbrio e estabilidade?

Nós vivemos numa sociedade que nos afunda numa profusão de estímulos sensoriais, onde nenhum dia é igual ao outro, onde o culto a novidade é o apanágio do homem que busca um pico de prazer após o outro, essa busca incessante estímulos, desordenada, caótica, até o fim da vida, sem nenhum escopo próprio senão alimentar o ego e a carne, de maneira profana por vezes, afinal pensam eles, melhor que os picos de dopamina no intervalo de tua vida sejam muitos e variados e quanto mais melhor, a despeito de qualquer escrúpulo cultural, espiritual ou moral. Tudo é válido.

Não surpreende que nossa época seja a que mais consome antidepressivos e outros tipos de medicamentos dessa sorte. Que homem pode ser saudável assim? Os corrompidos certamente e os que engendraram essa sociedade espúria que vivemos. A maioria sofre, sequer percebe que sofre, uma pílula traz a "felicidade".

O niilismo mata o homem.

Mas uma pergunta sincera é premente ao homem fazer a si mesmo. Pelo que viver? E se os niilistas estiverem certos e o que reina no universo é o caos? Talvez estejam certos, mas certos indícios na natureza revelam que o caos pode existir, mas o que mormente se vê é a tendência da natureza a distinção e ordem, como no exemplo acima nosso cérebro busca e tenta se adaptar em função da perda de um sentido e como o caos sensorial prolongado leva o homem a perda de sua mente. O ciclo circadiano, o equilíbrio nos biomas, a homeostase em nosso corpo. Vários, são os indícios de que a natureza busca a ordem e estabilidade, como efígie de força e saúde.

Ressignifiquemos nossas vidas e sobretudo, tomemos as rédeas de nossas mentes, que muitos entregam de bom grado ao vício e dissolução, nossa sociedade é corrompida e os indivíduos maus usam a tecnologia para alienar o homem de sua verdadeira natureza que é divina e transformá-la na massa sem face, sem identidade, sem história, e esquizofrênica, que são os homens modernos.

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