quarta-feira, 29 de maio de 2019

Das milhares de luzes que rutilam em nosso caminho

Das milhares de luzes que rutilam em nosso caminho, que podemos escolher, que podemos inteligir? Esses sóis distantes, mas eles são vários e cambiantes, e tão sedutores, numa hora seguimos esse, noutra aquele, seus brilhos iridescentes nos atraem no negror escabroso do firmamento, centelhas de esperanças, que estão lá, podemos vê-las e saber de sua existência, mas seu calor não nos alcança. Que há de bom em sabermos que existem, que há de bom em sermos obsedados pela beleza fulgurante porém pequena e calçada pela distância sidérea infinita? Nossa mente se dilui, deixamos de ser um só com nossa consciência.

E se na fria e tétrica noite nos perdemos por miragens, vagando por espectros luzidios, pontos inatingíveis em estrelas variegadas, o arrebol jamais se nos deslinda e à noite seremos fadados.

Mas se ao invés nossos olhos se voltarem ao sol eterno, massivo e cálido, próximo a nós, tangível, que nos banha com seu calor benévolo e ilumina as escuridades em nossa alma e não somente resvala nossos sentidos de maneira vã. Esse é o caminho da transcendência e fidelidade ao espírito, a unidade, a disciplina, a devoção, e ao seguirmos esse astro-mor com olhos vivos, pode sim nossa consciência transbordar em nosso ser.

Nossa mente una, nosso espírito fiel, a consciência verdadeira.

O ego se dissipa.

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