domingo, 13 de maio de 2018

A vida é como um báratro

A vida é como um báratro, uma escuridão total, um negror supremo. Tudo o que temos para afugentar as sombras, pelo menos ao nosso redor, é a nossa flama, nossa centelha divina, é isso que nós devemos cultivar, aumentar sua intensidade na medida em que for possível e conserva-la pura pois ela é nossa essência.

Muitos tem essa flama muito fraca, somente um pontinho bruxuleante nas trevas, outros a tem de de cor diversa da original, corrompendo-a, outros a mantém forte por meios artificiais e uma vez que esses meios desaparecem elas se extinguem. E outros que já tiveram sua chama extinta se congregam ao redor daqueles que mantém sua própria fortes, como mariposas atraídas para a luz.

Mas a maioria de nós mantemos nossa flama natural, e tão intensa quanto podemos, e incorrupta. As vezes, ao longe, nesse tétrico deserto vemos uma flama parecida com a nossa, e caminhamos em direção a ela, e ao se ter contato, e se essa flama é da mesma natureza que a nossa e não a perverte ou a deteriora, então a consubstanciamos com essa outra, e dois se tornam um só.

Mas se fores requisitado a caminhar só, e nenhuma outra flama for igual a tua. Por todos os meios, caminhe só, e não busques flamas diferentes, e não corrompa tua natureza, pois essa viagem na escuridão é breve, e se a fizeres de modo correto e justo, tua centelha voltará ao mar infinito de luz de onde ela saiu e com essa plenitude, tornar-te-ás uno e eterno.

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