terça-feira, 27 de julho de 2010

Na terra sempre haverá boiardos

A não existência de deus, é como uma espada pendendo sobre a cabeça dos fracos.

A não existência de deus implica em uma liberdade que massacraria a maioria dos espíritos humanos.

A liberdade de se poder fazer algo e saber que no fundo de tua alma não encontras o vigor e a força necessárias para fazê-lo.

Então, porque não deixar essas tarefas monstruosas, esses desafios colossais para deus?

Porque livrar-se de deus? O que fazer com uma liberdade inútil, que coloca objetivos a tua frente que vós jamais podereis completar, e que nas mãos de deus tudo estaria ao alcance? Alguns seres encontram o seu valor exatamente na servitude.

A existência de deus é imperativa para 99% da população mundial, a existência de deus, mesmo que não faça nenhuma diferença na conduta deles, pois materialistas e de visão curta sempre serão, é um conforto, acalenta o coração.

A existência de deus, a existência de uma ordem, de uma lei, que está além do poder deles, por isso não é de admirar que tantos governos infames prosperem sobre a terra, a falsa sensação de segurança, de ordem, para os tolos viverem.

E então muitos que chegam ao final de suas vidas questionam-se sobre a significância destas para o mundo, e veem então que elas foram medíocres e insignificantes, tendem a culpar a sociedade, a cultura, ou mesmo deus, quando na verdade deveriam culpar-se a si mesmos, pois a mediocridade dimana de si.

A maioria dos homens nasce para servir, é a ordem da natureza, não se pode igualar leões e ovelhas, é uma verdade que Aristóteles reconheceu, o sonho de Ivan IV, cognominado o terrível, de fazer todos os homens iguais, nas terras da santa Rússia, não passou de uma ilusão, na terra sempre haverá boiardos.

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