quarta-feira, 13 de março de 2019

O que é o amor?

A despeito de todas as divagações poéticas ou especificidades neurofisiológicas, do ponto de vista psicológico, é onde o amor se deslinda em toda sua pureza cristalina e distinta.

O amor filial, fraternal, religioso, platônico, todos derivam de uma mesma força humana e divina e são consubstanciais em certo grau, a diferença são os meios pelos quais o amor como força primeva inocula-se na alma de um indivíduo.

Uns conhecem o amor em sua pura forma através de Deus, dos pais, da esposa, dos filhos, dos amigos, de uma ideia, etc...

O amor entre homem e mulher de que deriva a família, sustentáculo do tecido social de toda nação forte, é o que mais tem-se obscurecido com o avanço da era da escuridão tecnológica que homizia a luz da virtude em nossa civilização.

Tem-se tornado somente uma ligação sexual travestida de sentimentos indistintos ou nenhum sentimento, uma espécie de recreação supérflua, despida de qualquer significação maior que o prazer animalesco das mais baixas funções biológicas. Como respirar, dormir, comer, etc...

Aqui o homem divorcia-se da sua centelha divina, que o eleva sobre todos os outros animais, o Logos, a racionalidade, a significação, o mito.

A prática do amor moderno é desumanizante.

O amor entre homem e mulher é delicado pois deve ser construído e mantido, passadas todas as paixões, o que restam são dois humanos com visões de mundo próprias, egos distintos, e interesses que porventura colidem.

Mas se bem me lembro um aforismo de Nietzsche, "a união de homem e mulher deve ser para a criação de algo superior a eles mesmos" e nessa criação envolve-se a morte de seus egos e subjetividades anteriores, na consagração da vida e a natureza, na união de suas carnes e espíritos que se materializa no recém nascido.

Mas além desse símbolo material-espiritual que é a criança, o amor entre homem e mulher é a conexão profunda, uma flama perene de um sentimento por excelência superior que envolve todo o intelecto e coração.

Jamais será supérfluo, pois se eleva a condição de um estado de espírito, harmonia plena entre animus e anima, e conjunção das essências dos sexos, com uma metafísica própria.

Sem essa ligação inexorável não existe amor, existe uma farsa que nos querem vender hoje, em seu projeto de engenharia social e destruição das nações e tipos humanos, o amor verdadeiro é um ato de resistência e revolução contra o mundo moderno.

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