Há tanto a saber sobre estilo: por que ter estilo, qual o sentido do mesmo? Seria talvez a beleza? O estilo nos desvia do utilitarismo estéril, confere, de algum modo, um sentido oculto às nossas ações; tem uma ligação com o ritual, mas não se limita a ele. É um amplo espectro de sentidos que orienta nossas ações e reforça nossa individualidade.
A arte é a fonte primeira do estilo, seguida pela intuição; de todo modo, deixar-se guiar por ele torna mais completa a vida do homem, separando-o da grei amorfa. Demonstra que ele teve o cuidado de embelezar suas ações e palavras.
O estilo em um homem colore sua alma, é deveras agradável e engrandece a sociedade como um todo, tingindo-a de uma complexidade estética que os mestres tecnocratas procuram tanto abolir. Eleva-o e eleva também os que estão ao seu redor.
As tentativas de estilo são mormente ridicularizadas; contudo, nós, homens de espírito, não devemos nos deixar tolher por causa disso. Cabe-nos transpor os limites daqueles que têm a alma cinza, pois é da arte que flui o estilo, e um mundo sem arte não é humano.
segunda-feira, 7 de julho de 2025
Estilo
terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
Aprendizado
Como aprender a andar de bicicleta: há um certo ponto de inflexão em nossa curva de aprendizagem quando estamos aprendendo a andar de bicicleta em que não sabemos propriamente andar, mas temos habilidade suficiente para assumir o risco de tentarmos sozinhos, sem apoio, estamos dispostos a cair, essa disposição nos permite adquirir o conhecimento de saber andar e liquidar qualquer dúvida ou ignorância a esse respeito.
Ousar conhecer, falhar, mas antes obter a habilidade mínima para ter a confiança de falhar sem ter seu espírito destruído, antes tais falhas obtidas no platô das faculdades mínimas, constroem. Existe essa diferença teleológica na natureza da falha, a que constrói e a que destrói.
Adquirir essas habilidades mínimas é, no entanto, um processo extremamente enfadonho. Exige uma paixão disposta ao sacrifício do aprendizado, algo raro nos dias de hoje, especialmente entre os adultos. Estamos confortáveis demais, protegidos pelo ego aquartelado na ilusão de quem achamos que somos e na percepção do que os outros pensam sobre nós. Não queremos falhar, nem que os outros percebam que falhamos.
Assim nos privamos de atingir a maestria nas artes que pretendemos aprender. Privamo-nos de ir fundo e tocar o âmago que nos compete, o que é realmente nosso no mundo da ciência, à dominação que nos pertence.
Por favor não te acanhes, não te prives do direito de ser mestre e senhor daquilo que te compete por medo da falha!