Os raios lunares pela janela,
denotam a face singela,
olhar fixo ao chão,
mente em pensamento loução.
Da alta noite o silêncio,
à morte propenso,
esquecido pelas ruas
vagas em formas nuas.
Para quietude da floresta
à aplacar a dor que se apresta,
da mata o negrume,
riscado pelo vagalume.
E a floresta em sua multitude
guarda em minha serena atitude
do passado ecos longínquos
de valores já extintos.
Quando já não posso mais gritar
o que me lacera por dentro,
sou obrigado a errar
imergido em sofrimento.
E minha alma daqui não se pode mover,
na floresta pela eternidade,
perpétuo anoitecer,
permaneço, açoitado em soledade.
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