Por vezes esquecemos do poder das palavras, dos sons que pronunciamos, somos levianos em relação ao que dizemos, ou falamos mas não queremos dizer nada, entabulamos conversas inúteis e vis com gente a quem não deveríamos dirigir a palavra. Nossa conversa torna-se corrupta, nosso pensamentos em consequência tornam-se nebulosos.
Principalmente quando rodeado de pessoas vulgares, o homem honesto deve manter um silêncio estóico até o momento em que possa deixar o iníquo grupo. Falar de alguém sem que a pessoa esteja presente é uma atitude desonrosa, a não ser que seja para elogiar tal pessoa. Contudo, conversar sobre pessoas em si já é de mau gosto, pessoas, a não ser que sejam ilustres, jamais deve ser tema da conversa de um homem de bem.
As palavras tem consequências internas, em nossa mente elas reforçam símbolos e arquétipos, e reforçam associações de pensamentos, que influem em nosso comportamento, quando sucumbimos ao modo de falar do vulgo, sucumbimos outrossim a sua estrutura psíquica, dissolvemos nossa identidade nesse arquétipo hediondo de vulgaridade e vício.
Devemos fazer o possível para que nossas palavras sejam puras, honestas e belas. As palavras são parte de você, são a vocalização de sua essência interior, a beleza e a virtude devem envolver teus pensamentos e consequentemente as tuas palavras. É um modo de escapar ao caos e devassidão do vulgo.
O silêncio é a nobreza, é o nectar mais puro para a mente, quando as palavras são abundantes, mesmo as virtuosas, elas podem causar confusão em seu coração e desviar o homem de suas diretivas primordiais. O homem deve passar a maior parte de seu dia em silêncio, absorto em seus pensamentos, encarnando-os em suas ações cotidianas, muitas palavras podem ser um empecilho, e podem desviar o homem de seus pensamentos corretos.
Deixe que a ação seja a sua eloquência, no fim de tudo o que valida o homem são suas ações e não palavras.
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