Muitas são as simples minudências
Do escritor de modernas tendências
Esses seres que me aviltam,
Cantarei esses biltres, malgrado mo permitam
O sorriso amarelo, o simples jeitinho
Poetam sentimentos e coisas sem sentido
Dos “inhos” nojentos sempre mestres no escarninho
De emoções puras signo vil hão mantido
Essa raça inferior, vis celerados
Dominam tudo e dominam nada
Tudo, em qualquer lugar coalham e são encontrados
Nada, arte por eles é execrada
São todos tão humanos e sensíveis
Na falta de talento patente
No escrever são bastante sofríveis
Da literatura, não alcançam céu arquipotente
Mistura são de movimentos pífios
De belo não lhes restam nem resquícios
Realistas pútridos é o que são
Destarte não possuem nem o vão
Voam baixo como mosquitos
Da potência nunca alcançam a plenitude
Poesia de baixa magnitude
São da literatura os detritos
São publicados com certeza
Nestes tempos de degustada imundície
De intelectuais impõe-se grandeza
Não passam de mais fina ralé da tolice
Anárquicas revoluções de auto-expressão
Querem escapar eles a superpopulação
Não sendo mais um na multidão
Custando isso da arte a violação
São muito fracos por certo
Incultos e inférteis os quero por perto
Que contemplando a arte decadente
O poder da antiguidade sinto em mim vivente
05/07/2006
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