Eis-me agastado das agruras cotidianas,
Eis-me lasso de minhas fraquezas,
Eis-me rebentado nos penedos do medo e da incerteza,
Eis-me incapaz de olhar no rosto do futuro sem tremer perante o abismo desconhecido,
Eis-me amando a vida mesquinha terrena,
Eis-me na corrida de ratos que leva a lugar nenhum,
Eis-me sôfrego pelo prazer,
Eis-me curvado e batido pela mão poderosa do destino,
Eis-me oprimido pelos espectros que rondam minha mente,
Eis-me fremente por uma liberação custosa.
Eis-me corrompido pela minha época,
Eis-me não confiante em meus instintos,
Eis-me último homem.
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