O ego envenena seu verdadeiro eu com falsas necessidades, precipitando todos os vícios em sua mente como consequência. É uma identidade que não existe, o obscurecimento pela vaidade, arrogância e identificação com o mundo material.
Quando o homem é o que ele foi designado pela natureza para ser; racional, todas essas falsas identificações desvanecem, restando somente o verdadeiro eu.
Mas na corrida de ratos do mundo material, a ilusão penetra tão fundo em nossas mentes, que senão por árduos exercícios de ascese, desprendimento e precipuamente reflexões, poderemos abandonar por fim a ilusão do ego.
Todo o ruído sem fim da tecnologia, tornando nosso pensamento difuso, nossa existência difusa, lançando nossos pensamentos aos vórtices caóticos de fragmentos de informação, nunca profundas e certamente nunca importantes, nos alienando de nossa capacidade de meditar profundamente, e realizarmos o verdadeiro eu.
Impossibilitando nossa mente de focar, de se tornar una, hierárquica, espiritual. Antes, o caos da modernidade impele as mais baixas sensações e veleidades à proeminência de nossa estrutura mental, protelando ou anulando aquilo que realmente deveríamos nos concernir.
Silenciemos pois esses barulhos informacionais, silenciemos pois essa tecnologia mórbida que nos aliena de nós mesmos, e conspurca nossa mente, voltemos aos bosques e aos céus estrelados e ao silêncio confortante da natureza.
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